Os advogados do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva insistiram ao juiz federal S�rgio Moro, nesta quarta-feira, para que seja marcada audi�ncia com o ex-advogado da Odebrecht Rodrigo Tacla Duran, atualmente foragido na Espanha.
Moro negou audi�ncia por considerar que "embora existam ind�cios de que Rodrigo Tacla Durant tenha prestado servi�os para o Setor de Opera��es Estruturadas da Odebrecht, n�o h� elemento probat�rio m�nimo que indique o seu envolvimento espec�fico nas opera��es que constituem objeto da presente a��o penal, especificamente no suposto pagamento por fora de parte do pre�o do im�vel em S�o Paulo(...) em favor do ex-Presidente Luiz In�cio Lula da Silva". A defesa pede reconsidera��o.
Em peti��o, a defesa de Lula cita depoimento prestado pelo advogado � CPI da JBS em que p�s em xeque os a dela��o da empreiteira.
"Todos os documentos s�o falsos eu n�o sei, porque estou me referindo aos documentos que eu tive acesso, que s�o estes da den�ncia do presidente Michel Temer porque citava o meu nome e, por exemplo, tamb�m o que foi aportado pela Odebrecht no Inqu�rito 4435, que envolve o deputado Pedro Paulo e o ex-prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes", afirmou Duran � CPI.
Os advogados de Lula questionam Moro. "Diante de tais declara��es prestadas, envolvendo diretamente os documentos impugnados no �mbito deste procedimento incidental, como � poss�vel se afirmar ser impertinente a oitiva do Sr. Rodrigo Tacla Duran nestes autos para a resolu��o do conflito?"
"S� mesmo para quem n�o o quer, de modo algum!", sustentam.
Os defensores pedem "a expedi��o de of�cio � Presid�ncia da Comiss�o Parlamentar Mista de Inqu�rito da JBS, a fim de que sejam indicados os meios pelos quais foi viabilizada a oitiva da referida testemunha por videoconfer�ncia".
"Caso assim n�o se entenda, requer-se, subsidiariamente, a concess�o de prazo para que as informa��es sejam levantadas pela Defesa junto aos �rg�os competentes e apresentadas a este ju�zo. Em suma o que se pede � que n�o se interdite o caminho para a descoberta de toda a verdade", solicitam.
Os advogados ainda querem que seja "deferido o dep�sito em Secretaria da �ntegra do depoimento do Sr. Rodrigo Tacla Duran na CPMI da JBS, para que sirva de prova emprestada, sem preju�zo da coleta do depoimento da testemunha".