O senador A�cio Neves Neves (PSDB) admitiu pela primeira vez, nesta sexta-feira (15), que vai disputar as elei��es no ano que vem. Ele afirmou que ir� concorrer � reelei��o ao Senado ou tentar voltar ao cargo de governador de Minas Gerais.
De acordo com o senador, a defini��o s� dever� acontecer ap�s conversa com "as for�as pol�ticas" que o apoiam. Ele n�o definiu data para esse an�ncio. "Mas o Senado � o caminho natural", adiantou.
A declara��o de A�cio Neves, na manh� desta sexta-feira, em entrevista � r�dio Itatiaia, acontece na semana seguinte � perda do cargo de presidente nacional do PSDB. O governador de S�o Paulo e pr�-candidato a presidente da Rep�blica, Geraldo Alckmin , foi eleito no s�bado passado (9) presidente do partido.
Confian�a
A�cio disse ainda que n�o teme ser condenado em qualquer um dos nove inqu�ritos contra ele no Supremo tribunal Federal (STF). "Em hip�tese nenhuma", reagiu ao ser perguntado sobre o assunto. O senador justificou que n�o pesa contra ele nenhuma conduta il�cita .
"Dizem respeito (inqu�ritos), sem exce��o, a financiamentos de campanhas eleitorais. H� uma coisa em comum em rela��o �queles que fazem refer�ncia ao meu nome: todos dizem que em rela��o ao senador e ao governador A�cio nunca houve contrapartida e favorecimento a quem quer que fosse e eles deram ajuda em minhas campanhas eleitorais porque acreditavam no nosso projeto. De forma distinta, � o que a totalidade deles dizem", disse o senador em sua defesa.
Mandato
Em maio deste ano, o senador mineiro chegou a ser afastado do mandato por ordem do ministro Edson Fachin, do STF. A senten�a do magistrado est� relacionada ao empres�rio Joesley Batista, que, juntamente com o irm�o Wesley, est� preso desde setembro deste ano.
Segundo a investiga��o da Pol�cia Federal, os irm�os Batista, donos da JBS, um dos bra�os da holding J&F, se beneficiaram de informa��es relacionadas ao acordo de colabora��o premiada firmado com a Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) para obter lucro no mercado financeiro.
O senador A�cio Neves foi flagrado em escuta telef�nica pedindo R$ 2 milh�es a Joesley. "Exer�o mandatos p�blicos h� mais de 30 anos e, com uma s�rie de inqu�ritos, n�o tinha recursos para constituir a minha defesa. N�o me envergonho disso e aceitei uma proposta de empr�stimo de um cidad�o a quem eu tinha oferecido um apartamento de propriedade da minha fam�lia", justificou o senador. "Isso n�o me desonra", disse tamb�m o senador, acrescentando que esse valor n�o se trata de dinheiro p�blico, mas um empr�stimo privado.