
Segundo Marun, n�o adianta desidratar ainda mais a proposta se isso n�o for agregar votos para aprovar o texto. O ministro tamb�m foi enf�tico sobre a necessidade de manter os pontos centrais da proposta, entre eles o fim dos privil�gios. “O governo sempre ouviu, continua ouvindo. Agora, n�o temos nenhum compromisso com qualquer tipo de flexibiliza��o. Quando e se for (flexibilizado), os senhores saber�o”, afirmou.
De acordo com Temer, n�o ser� aceita mudan�a na espinha dorsal da reforma, segundo ele “o fim dos privil�gios”. “Acho que temos a compreens�o, ainda que oculta, dos l�deres da oposi��o. Essa � uma quest�o de Estado. Voc� conserta o Estado brasileiro hoje e ele vai servir para quem vier depois. E n�o se sabe quem �. Portanto, quem vier depois encontrar� um Brasil arrumado, nos trilhos”, disse o presidente no Pal�cio do Planalto, em Bras�lia.
Ele tamb�m tentou convencer os deputados a conversar com seus eleitores nos estados durante o recesso parlamentar, que se inicia na pr�xima semana. Temer disse que o governo est� fazendo uma campanha e contando votos para chegar aos 308 necess�rios para aprovar a proposta de emenda � constitui��o que muda as regras de aposentadoria.
“N�s estamos empenhados. ‘Ah, vai ficar para fevereiro’. �timo. Fevereiro porque n�s n�o temos votos. N�o queremos constranger deputados e senadores. Quando tivermos os 308 votos, n�o vamos constranger nenhum deputado. Nem n�s queremos nem o Rodrigo (Maia, presidente da C�mara) quer, nem o Eun�cio (Oliveira, presidente do Senado) quer. Nenhum l�der quer isso”, afirmou Temer.
Na avalia��o do presidente, em janeiro os parlamentares ter�o tempo enquanto estiverem em suas bases para verificar que n�o h� “oposi��o feroz” em rela��o � Previd�ncia. “Portanto, voltar�o, penso eu, muito mais animados para votar a reforma em fevereiro.”
Temer presidiu a cerim�nia de transi��o na Secretaria de Governo, entre o ex-ministro Ant�nio Imbassahy (PSDB-BA), a quem o presidente agradeceu, e o novo titular, Carlos Marun (PMDB-MS). O presidente afirmou que Marun ser� um gigante a favor da reforma. Ele pediu que o novo ministro dedique dia e noite, at� 20 horas por dia, no assunto. “Voc� tem energia para isso”, disse.
Coisinha m�nima O presidente citou as oscila��es no mercado financeiro por causa dos sinais de andamento ou retrocesso na tramita��o da reforma e afirmou que confia na seriedade e rigidez do Congresso Nacional para aprovar as mudan�as nas regras de aposentadoria. “Toda vez que h� uma coisinha m�nima, acham que a Previd�ncia n�o ser� aprovada, a bolsa cai”, afirmou. “A confian�a hoje est� muito conectada � reforma da Previd�ncia. Eu vejo hoje que h� certo desalento, a ideia de que vai dar tudo errado, pode ser que os juros subam, que a infla��o volte, que a economia n�o prospere. Digo aqui em alto e bom som: N�s vamos aprovar a Previd�ncia no Congresso, n�o temos d�vida disso.”
Temer afirmou que o governo vai levar a reforma da Previd�ncia at� o final e completar o ciclo reformista com a simplifica��o tribut�ria. Ele repetiu os argumentos de que a reforma n�o prejudica os mais pobres e acaba com privil�gios.
Carlos Marun refor�ou o apelo ao tempo do recesso parlamentar, visto por muitos como dificultador ao trabalho de angariar votos para aprovar a proposta, “pode ter efeito diferente”. Segundo ele, muitos parlamentares retornar�o �s suas bases e poder�o “receber apelo” pela aprova��o da reforma, j� que na vis�o do governo o apoio da popula��o est� crescendo.