A Justi�a su��a condena, pela primeira vez, um banqueiro por conta de seu papel em esquemas de corrup��o revelados pela Opera��o Lava-Jato. Um dos diretores do banco Heritage violou as leis do pa�s europeu ao n�o notificar as autoridades sobre as movimenta��es suspeitas do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerver�.
Pelo artigo 37 da lei su��a sobre o combate � lavagem de dinheiro, bancos s�o obrigados a notificar a ag�ncia de controle financeiro diante de qualquer ind�cio de movimenta��es fora dos padr�es ou que impliquem volumes suspeitos.
A constata��o do tribunal foi de que o diretor-adjunto do banco, Thierry Zumstein, violou essa determina��o, apesar de contar com informa��es suficientes que apontariam para suspeitas em rela��o ao cliente.
Ele j� havia sido condenado em primeira inst�ncia a pagar uma multa de 30 mil francos su��os. Mas recorreu. Apesar de confirmar a condena��o, o tribunal reduziu a pena para apenas 15 mil francos e os custos do processo, uma fra��o do valor que passou pelas contas de Cerver�. Ainda assim, a condena��o � considerada como simb�lica, j� que representa um reconhecimento das falhas dos bancos no esquema no Brasil.
Entre os banqueiros, a condena��o tamb�m foi recebida como um recado de que a Justi�a su��a, de uma forma in�dita, vai aprofundar os inqu�ritos para tentar determinar a responsabilidade dos intermedi�rios financeiros no caso da Lava-Jato.
No total, US$ 1,1 bilh�o foram encontrados nos bancos su��os relativos ao esc�ndalo no Brasil.
Pasadena
O caso julgado se refere �s contas da sociedade Forbal Investiment, com sede em Belize e contas na Su��a desde 2008. Cerver� foi preso no Brasil em janeiro de 2015 e condenado � pris�o. Entre dezembro de 2014 e janeiro de 2015, com Cerver� j� sob investiga��o, o banco n�o teria tomado a iniciativa de informar as autoridades sobre a exist�ncia das contas.
Enquanto isso, ela foi praticamente esvaziada, passando de mais de US$ 200 mil para apenas US$ 6,1 mil. Foi apenas em 27 de janeiro de 2015 que o banco decidiu ir �s autoridades e revelar a exist�ncia das contas. A decis�o foi tomada depois que jornais brasileiros noticiaram a pris�o de seu cliente.