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Estado de Minas

Brasileiro quer um presidente honesto, revela pesquisa

Pesquisa aponta que envolvimento em esc�ndalos de corrup��o � o principal fator de rejei��o na hora de escolher um candidato


postado em 17/01/2018 06:00 / atualizado em 17/01/2018 06:58


A corrup��o incomoda tanto o eleitor que j� em 64 a.C., na rep�blica romana, Quinto T�lio, general e pol�tico, recomendava ao seu irm�o C�cero, candidato ao posto de c�nsul, naquele que ficou conhecido como o primeiro manual de marketing eleitoral da humanidade: “Procura levantar algum esc�ndalo contra teu rival por crime, corrup��o ou imoralidade”, escreveu ele. “Seja pr�digo em promessas, pois os homens preferem promessa v� � recusa categ�rica”, acrescentou � longa lista de advert�ncias ao seu candidato, que, ali�s, venceu aquele pleito.

Passaram-se mais de dois mil�nios e os conselhos de Quinto T�lio continuam em pauta. E se por vezes saber o que se deseja nem sempre � f�cil, o brasileiro, bombardeado por tantos e t�o espetaculares esc�ndalos envolvendo pol�ticos e partidos de todas as tend�ncias, parece ter clareza daquilo que n�o deseja encontrar num candidato �s elei��es presidenciais. Estar envolvido em esc�ndalo de corrup��o seria um fator impeditivo para o voto na avalia��o de 63% dos consumidores brasileiros, segundo pesquisa de opini�o realizada pelo Servi�o de Prote��o ao Cr�dito (SPC Brasil) e a Confedera��o Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Em contraposi��o ao que n�o se deseja num candidato, s�o caracter�sticas que potencialmente favorecem a empatia a honestidade (50,1%), cumprir promessas (35,5%), colocar interesses coletivos acima dos particulares (32,1%).

O combate � corrup��o �, tamb�m, segundo a pesquisa, medida priorit�ria e permanente que 47,5% dos brasileiros esperam do futuro governo acima at� mesmo de investimentos em sa�de (38,7%), educa��o (33%), seguran�a p�blica (32,5%) e na promo��o e gera��o de empregos (29%). Para que um candidato esteja apto a assumir o Planalto,70,4% consideram ser atributo necess�rio colocar a “m�o na massa” em projetos de melhoria na sa�de, educa��o e obras de infraestrutura. A segunda caracter�stica mais importante na avalia��o das habilidades do candidato �, para 28,6%, sentir que seja “uma pessoa do povo/pr�xima � popula��o”, portanto, que tenha viv�ncia e conhecimento sobre as dificuldades de sobreviv�ncia das pessoas comuns.

Embora 46,9% dos consumidores que integraram a pesquisa se declarem “indiferentes” ao pleito presidencial, h� uma grande expectativa por mudan�a. Para 73,8%, o futuro presidente eleito deve fazer uma grande mudan�a em rela��o ao que vem sendo feito neste governo; 20,1% esperam que fa�a algumas mudan�as, mas mantenha alguns programas/reformas; e apenas 6,1% querem continuidade �s diretrizes/programas/reformas do atual presidente.

OUTSIDER
Se nas elei��es municipais de 2016 a figura do “empres�rio outsider” da pol�tica foi bem-sucedida em algumas cidades, como S�o Paulo, que elegeu Jo�o Doria (PSDB), essa n�o parece ser a habilidade que esteja no topo da lista dos brasileiros na hora de decidir o candidato � Presid�ncia da Rep�blica: apenas 8,2% pontuam ser empres�rio ou profissional liberal de sucesso como atributo indispens�vel ao cargo; s� 12,5% dizem ser importante ser algu�m “que n�o tenha tido contato com a pol�tica”.

Al�m de n�o estar envolvido em esc�ndalos de corrup��o, indicado por 63%, foram tamb�m caracter�sticas impeditivas para o voto em um candidato � Presid�ncia da Rep�blica: ser distante da popula��o/n�o conhecer os problemas do povo (34%); ficar “em cima do muro”/n�o ter opini�o pr�pria (27,7%), estar envolvido com empres�rios ou empresas privadas (26,1%) e ser intolerante com as minorias (21,7%).

A pesquisa foi feita pela web, entre 27 de novembro e 7 de dezembro de 2017, junto a 682 consumidores residentes em todas as capitais do pa�s, com idade igual ou maior de 18 anos, distribu�dos por g�nero e classes econ�micas. Os dados foram ponderados ap�s a coleta segundo os par�metros da popula��o brasileira. A margem de erro m�xima estimada � de 3,8 pontos percentuais, dentro de um n�vel de confian�a de 95%. (Colaborou Lucas Soares, estagi�rio, sob a supervis�o da editora Vera Schmitz)


 


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