
Ao responder as 50 perguntas encaminhadas pela Pol�cia Federal no �mbito do inqu�rito que apura supostas irregularidades da edi��o do decreto dos Portos, o presidente da Rep�blica, Michel Temer, atacou a PF e classificou os questionamentos de agressivos e afirmou que algumas perguntas colocam em d�vida sua "honorabilidade e dignidade pessoal".
"Na verdade elas denotam absoluta falta de respeito e de urbanidade e principalmente aus�ncia das necess�rias imparcialidade e isen��o por parte de quem deve buscar a verdade real e n�o a confirma��o de uma imaginada responsabilidade", diz um texto em forma de pre�mbulo que acompanha as respostas.
Para Temer, os questionamentos enviados pelo delegado Cleyber Malta "apresenta in�meras delas (perguntas) que n�o guardam pertin�ncia com o objeto do presente inqu�rito".
Ao se dirigir ao ministro Luis Roberto Barroso, relator do inqu�rito, o presidente aponta que as perguntas tem "natureza ofensiva" e demonstram "absoluta falta de respeito e de urbanidade".
"Eminente Ministro, antes de prestar os esclarecimentos pertinentes a cada quest�o, pe�o v�nia para real�ar, data v�nia, a natureza ofensiva de algumas delas. Na verdade elas denotam absoluta falta de respeito e de urbanidade e principalmente aus�ncia das necess�rias imparcialidade e isen��o por parte de quem deve buscar a verdade real e n�o a confirma��o de uma imaginada responsabilidade", afirma Temer no documento protocolado na tarde desta quinta-feira, no Supremo Tribunal Federal (STF).
Ao responder a pergunta de n�mero 48, sobre se teria autorizado seu ex-assessor Rodrigo Rocha Loures a tratar com empres�rios do setor portu�rio, Temer nega ter dado autoriza��o e ataca a "impertin�ncia da pergunta" que, segundo ele, "coloca em d�vida" sua "honorabilidade e dignidade pessoal".
Temer ainda volta a citar a "agressividade" dos questionamentos ao responder a �ltima da 50 perguntas que aborda se ele solicitou que seus ex-assessores Rodrigo Rocha Loures e Jos� Yunes e o seu amigo Jo�o Baptista Lima Filho receberam recursos em seu nome em troca da edi��o do decreto dos portos.
"Nunca solicitei que os Srs. Rodrigo Rocha Loures, Jo�o Baptista Lima Filho ou Jos� Yunes recebessem recursos em meu nome em retribui��o pela edi��o de normas contidas no Decreto dos Portos. Reitero a agressividade, o desrespeito e, portanto, por seu car�ter ofensivo, tamb�m dessa quest�o, tal como das anteriores.