O presidente da Rep�blica, Michel Temer, afirmou nesta segunda-feira (29) em entrevista � R�dio Bandeirantes, que na volta do recesso parlamentar o texto da reforma da Previd�ncia ainda pode sofrer altera��es.
“Aconte�a o que acontecer sempre haver� uma economia muito significativa ao longo de 10 anos. O governo n�o pretende abrir m�o daquilo que est� na reforma. Mas, evidentemente, o di�logo pode levar a uma ou outra modifica��o. Diante do projeto original, a economia de recursos seria de cerca de R$ 900 bilh�es em 10 anos. Com este novo projeto amenizado, a economia seria de R$ 550 bilh�es a R$ 600 bilh�es, ou seja, vale a pena. Entre nada e R$ 550 bilh�es, melhor esta economia, que garante os valores dos aposentados e servidores p�blicos.”
Ele disse estar otimista em rela��o � aprova��o do texto e afirmou que “quem n�o votar pela reforma da Previd�ncia estar� fazendo um mal para o pa�s”. Segundo o presidente, agora as pessoas est�o mais esclarecidas sobre o tema.
“Conseguimos fazer uma comunica��o com a popula��o, esclarecendo o que � a reforma da Previd�ncia”. O presidente destacou que, pela proposta, para os trabalhadores que ganham at� R$ 5.645 nada muda. “Se n�o consertarmos a Previd�ncia, daqui a dois ou tr�s anos ela n�o resiste”, alertou.
Temer lembrou a situa��o de estados como Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte, que enfrentam dificuldades para pagamento de servidores e tiveram socorro federal.
O presidente disse que, se a reforma for aprovada, “muito provavelmente a nota de cr�dito do Brasil ser� recuperada” e o pa�s voltar� a atrair investimentos. Temer ressaltou que o pa�s j� est� aumentando sua confian�a e que foram abertos, nos �ltimos meses, mais de 1,4 milh�o de postos de trabalho. Ele espera que, at� o fim de seu governo, o Produto Interno Bruto volte a crescer mais de 1% e possam ser abertas mais de 1,5 milh�o de vagas de trabalho.
Temer tamb�m defendeu a reforma da Previd�ncia em entrevistas exibidas em emissoras de televis�o, no fim de semana. No programa do Amaury Jr, veiculado no �ltimo s�bado, na Band, e no programa do S�lvio Santos, no domingo, no SBT, refor�ou os argumentos pela aprova��o da reforma e apontou os riscos para as contas do Estado caso n�o haja nenhuma medida para conter o d�ficit previdenci�rio.
Juros
Outro tema abordado pelo presidente, na emissora de r�dio paulista, foi a demora da queda de juros para o consumidor. Ele disse que tem discutido com sua equipe uma forma de coincidir a redu��o na Selic (taxa b�sica) e os juros, ressaltando que, apesar da diferen�a, “indispensavelmente os juros v�o cair pouco a pouco”. (Com Ag�ncia Brasil)