
Bras�lia – O carnaval de 2018 est� apimentado nas cr�ticas. S�tiras que, normalmente, s�o vistas nos blocos de rua tomaram conta dos samb�dromos e vir�o como componentes dos desfiles do grupo especial hoje, na Marqu�s de Sapuca�, no Rio de Janeiro. Entre os principais alvos est�o o presidente Michel Temer, representado como um vampiro em um carro aleg�rico da Para�so do Tuiuti, e o prefeito da cidade, Marcelo Crivella, foco da Esta��o Primeira de Mangueira. O humor �cido promete dar as caras como h� muito n�o se via.
A Mangueira faz uma viagem no tempo e volta �s origens do carnaval. Com o enredo “Com dinheiro ou sem dinheiro, eu brinco!” – inspirado na marchinha Eu brinco, de 1944 –, a escola faz uma cr�tica ao prefeito Marcelo Crivella, que cortou os recursos das escolas de samba, e � depend�ncia financeira que, atualmente, condiciona o carnaval do Rio. A letra do samba deixa claro que o importante � a festa e n�o o dinheiro: “Outrora marginalizado j� usei cetim barato pra desfilar na Mangueira”.
A Beija-Flor, que fecha o desfile amanh�, entra com enredo baseado no cl�ssico romance de fic��o e terror Frankenstein ou o Prometeu Moderno, de Mary Shelley. A escola faz um paralelo entre a obra, que completa 200 anos em 2018, e a situa��o do Brasil. Intitulado “Monstro � aquele que n�o sabe amar. Os filhos abandonados da p�tria que os pariu”, o samba � carregado de cr�ticas sociais, religiosas e pol�ticas. Em um dos carros aleg�ricos, um rato gigante simboliza a corrup��o que assola o estado e todo o pa�s.