S�o Paulo, 20 - O procurador da Rep�blica Deltan Dallagnol, coordenador da for�a-tarefa da Opera��o Lava Jato, no Paran�, criticou o "mandado coletivo de busca e apreens�o" para atuar durante a interven��o na �rea de Seguran�a P�blica do Rio. O pedido foi feito pelo comandante do Ex�rcito, general Eduardo Dias da Costa Villas B�as ao governo federal.
A medida foi comentada por Deltan, no Twitter, nesta ter�a-feira, 20. "Se cabem buscas e apreens�es gerais nas favelas do Rio, cabem tamb�m nos gabinetes do Congresso. Ali�s, as evid�ncias existentes colocam suspeitas muito maiores sobre o Congresso, proporcionalmente, do que sobre moradores das favelas, estes inocentes na sua grande maioria", afirmou o procurador.
Em nota, o Minist�rio da Defesa afirmou que a ideia do mandado coletivo foi discutida durante reuni�o do presidente Michel Temer com os Conselhos de Defesa Nacional e da Rep�blica. Os pedidos s�o limitados a busca e apreens�o, pois os de captura, pela Constitui��o, t�m de ser apresentados individualmente.
Ainda n�o h� defini��o de como, quando e onde isso ser� feito. A ideia � que a a��o, uma vez concedida, possa ser executada pelas Pol�cias Militar ou Civil ou pelas For�as Armadas.
A Advocacia-Geral da Uni�o (AGU) admite que a medida poder� ser judicializada e j� se prepara para recorrer at� ao Supremo Tribunal Federal (STF). "Caso uma decis�o dessa natureza seja objeto de questionamento, caber� � AGU fazer a defesa do ato, at� a �ltima inst�ncia", afirmou a advogada-geral da Uni�o, Grace Mendon�a.
A medida motivou cr�tica de organiza��es e de especialistas e criou temor nas comunidades.
(Julia Affonso)
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Deltan: 'se cabem buscas nas favelas, cabem tamb�m nos gabinetes do Congresso'
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