Fachin prorroga prazo para conclus�o de inqu�rito que investiga Maia e seu pai

Bras�lia, 23 - O ministro relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, prorrogou por mais 60 dias o prazo para a conclus�o do inqu�rito que investiga o presidente da C�mara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e seu pai, o vereador e ex-prefeito do Rio de Janeiro Cesar Maia.

Os dois s�o investigados por terem supostamente solicitado e recebido da empreiteira Odebrecht vantagens indevidas entre 2008 e 2013 para aux�lio em campanhas eleitorais. Fachin determinou que os autos sejam enviados "� autoridade policial, pelo prazo de 60 dias, para a execu��o das dilig�ncias apontadas e outras que sejam �teis � conclus�o das investiga��es".

A decis�o do relator foi tomada ap�s parecer enviado ao Supremo pela procuradora-geral da Rep�blica (PGR), Raquel Dodge, que afirmou restarem dilig�ncias pendentes. "Em seu pedido, a autoridade policial indicou como indispens�veis as oitivas do deputado federal Rodrigo Maia, do vereador Cesar Maia e seu ex-assessor Jo�o Marcos Cavalcanti. Portanto, a solicita��o da autoridade policial merece acolhida", disse Dodge, em parecer.

O caso

Um dos colaboradores ouvidos pela Pol�cia Federal, Benedicto Barbosa da Silva Junior, ex-diretor de Infraestrutura da Odebrecht, declarou que Maia solicitou R$ 350 mil como forma de contribui��o para campanha eleitoral de 2008. No entanto, nem Maia nem seu pai foram candidatos na elei��o daquele ano.

Em 2010, Maia procurou Benedicto e solicitou um repasse financeiro, tendo como pano de fundo a campanha de seu pai. Foi autorizado o "pagamento de R$ 600 mil, dos quais j� se encontrou comprovantes de pagamento de R$ 400 mil, realizado pelo Setor de Opera��es Estruturadas", conhecido como o "setor de propinas" da empreiteira.

No pedido de instaura��o de inqu�rito ao ministro relator da Lava Jato, o ent�o procurador-geral da Rep�blica Rodrigo Janot avaliou que o presidente da C�mara dos Deputados teria supostamente praticado os crimes de corrup��o ativa e passiva, al�m de lavagem de dinheiro.

(Teo Cury)