Bras�lia, 24 - Com a proximidade do in�cio do per�odo permitido para a mudan�a de partido, em 7 de mar�o, legendas intensificaram as negocia��es para atrair novos deputados e aumentar as chances de eleger uma bancada maior na C�mara em outubro. A principal moeda de troca usada pelos partidos tem sido o dinheiro p�blico que bancar� as campanhas. Al�m do fundo eleitoral, estimado em R$ 1,7 bilh�o, mais R$ 888 milh�es do Fundo Partid�rio poder�o ser distribu�dos aos candidatos.
A chamada "janela partid�ria" foi institu�da em 2016 por meio de uma emenda constitucional que, na pr�tica, estabelece um per�odo de 30 dias no qual parlamentares podem mudar de partido sem que percam os seus mandatos.
Esta ser� a primeira elei��o geral sem financiamento de empresas, proibido pelo Supremo Tribunal Federal em 2015. Com isso, candidatos ter�o menos recursos para bancar gastos eleitorais, o que aumenta a disputa pelo dinheiro p�blico.
Nos �ltimos dias, a reportagem flagrou conversas sobre o assunto dentro do plen�rio da C�mara. O deputado Paulinho da For�a (SD-SP) tem carregado planilhas que mostram quanto cada legenda ter� de recursos para "desmistificar" promessas feitas por dirigentes de outras legendas. "Tem partido falando que vai dar R$ 2 milh�es para cada deputado, mas n�o tem condi��es. Mostro logo a tabela para desmentir o cara", afirmou Paulinho.
Segundo relatos de parlamentares, legendas do Centr�o como PP, PR e PTB est�o oferecendo aos deputados que toparem mudar de sigla o valor m�ximo que poder� ser gasto numa campanha para a C�mara este ano: R$ 2,5 milh�es.
Dirigentes dos partidos que comp�em o bloco informal negam que as negocia��es estejam sendo feitas nesses termos. O presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, no entanto, confirmou que reservou para cada deputado do partido cerca de R$ 2 milh�es da fatia do fundo eleitoral a que o seu partido ter� direito.
Para n�o ficar para tr�s, o MDB bateu o martelo esta semana e divulgou seus valores: vai repassar, para cada deputado com mandato, R$ 1,5 milh�o para a campanha. Os senadores que disputarem a reelei��o ter�o R$ 2 milh�es.
O DEM, partido que mais cresceu nesta Legislatura - de 21 para 33 deputados - evita falar em n�meros. Segundo o deputado Efraim Filho (DEM-PB), a promessa para novos filiados � a de que eles ter�o o mesmo tratamento dos que j� est�o na legenda.
Um deputado do PP que vai mudar de partido relatou o "modus operandi": procurou dirigentes das siglas com as quais tem afinidade e perguntou qual seria a fatia do fundo que lhe caberia caso migrasse de legenda. Do que ouviu at� agora, est� entre PSD e PHS - este �ltimo ainda lhe garantiria a presid�ncia do diret�rio estadual.
Desvantagem
Nas negocia��es, partidos que v�o lan�ar candidato � Presid�ncia, como PT e PSDB, saem em desvantagem, porque ter�o de reservar uma parcela dos recursos para a disputa ao Pal�cio do Planalto.
No PSDB, que tem o governador Geraldo Alckmin como pr�-candidato, a preocupa��o � para n�o perder nenhum dos 46 atuais deputados. L�der tucano na C�mara, Nilson Leit�o (MT) criticou o "balc�o de neg�cios". "Deputado virou jogador de futebol? Tem passe agora? Leva quem dar mais?", questionou. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.
(Isadora Per�n e Igor Gadelha)
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Janela instaura �balc�o� de troca partid�ria na C�mara
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