Como juiz, defendo execu��o da pena ap�s esgotados os recursos, diz Eros Grau

S�o Paulo - O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Eros Grau afirmou nesta ter�a-feira que, como juiz, defende a execu��o da pena apenas quando esgotados todos os recursos. Mas que, como cidad�o, gostaria que esse processo fosse abreviado.

"Quando estive no Supremo, voltei sempre para a execu��o da pena quando n�o houvesse mais recurso. Se houver mil casos e em um deles houver equ�voco e a pessoa for presa, isso � uma barbaridade", disse o jurista, que participou do painel no "F�rum Estad�o: A Reconstru��o do Brasil", promovido pelo jornal O Estado de S. Paulo.

"Agora, uma coisa � o juiz, outra � o cidad�o. Eu como cidad�o, quero botar todo mundo na cadeia", disse. "Neste exato momento, at� fico pensando se n�o seria necess�rio prender em primeira inst�ncia esses bandidos que est�o a�", provocou. "Inclusive do Lula", emendou, quando questionado se se referia ao ex-presidente petista. "Se ele foi condenado depois de uma s�rie de investiga��es � porque � um sujeito culpado".

Questionado sobre o pedido da procuradora-geral da Rep�blica, Raquel Dodge, para o Supremo derrubar uma liminar do falecido ministro Teori Zavascki, suspendendo a��o penal na Justi�a Federal do Rio contra acusados de envolvimento na morte e oculta��o do cad�ver do deputado federal Rubens Paiva, e voltar a discutir o alcance da lei da Anistia, Eros Grau se mostrou contra.

"N�o sei porque voltar a esse tema, j� est� decidido e ponto final", disse o jurista, que afirmou preferir ser lembrado como um professor da Faculdade de Direito da USP a ex-integrante da Suprema Corte brasileira.

Eros Grau, no entanto, admitiu que n�o conhece o teor da proposta da procuradora-geral e que seria necess�rio estud�-la antes de dar uma opini�o mais embasada sobre o tema.