Acusa��o de vereador � fantasiosa, diz Kalil

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS), classificou como “fantasiosas” as declara��es feitas pelo colega de partido e vereador Gabriel Azevedo de que ele estaria fazendo uso pol�tico do Clube Atl�tico Mineiro e pagando vereadores – com dinheiro da Empresa Municipal de Turismo (Belotur) – para fazer parte da base de governo na C�mara Municipal. Para Kalil, que foi presidente do Atl�tico, Azevedo estaria apenas querendo desviar o foco de reportagem recente do jornal Folha de S. Paulo que o acusou de prestar consultoria de campanha a candidatos recrutados por movimentos sociais, por meio do Instituto RenovaBR. Segundo a publica��o, o pacote, de R$ 261 mil, oferece estrat�gia pol�tica, assessoria jur�dica, de comunica��o, capacita��o de equipes e servi�os audiovisuais, entre outros.

Kalil afirmou ainda que n�o vai acionar o vereador judicialmente nem cobrar retrata��o. “Escolho o tamanho dos meus inimigos. Inimigo meu tem que ter curr�culo. Ele ainda est� muito novo para ser inimigo. Quem sabe daqui a uns 20 anos?”, ironizou. O prefeito disse ainda que nunca “meteu a colher” em briga de vereadores e que tem “couro grosso” para receber ataques.

No fim da tarde de sexta-feira vazou em redes sociais uma conversa gravada entre Gabriel Azevedo e o secret�rio municipal de Desenvolvimento, Daniel Nepomuceno, ex-presidente do Atl�tico, em que o vereador o questiona sobre a admiss�o do filho de outro parlamentar, Jair di Greg�rio (PP), na categoria de base do Atl�tico, em troca de apoio pol�tico para a prefeitura no Legislativo.

“A mat�ria � fantasiosa, delirante. Sempre que me pedem para fazer teste no Atl�tico eu mando, mas n�o foi esse o caso. O menino est� fazendo um teste, � uma covardia com ele”, afirmou Kalil. “Ele pode se defender da mat�ria do jornal com tranquilidade. N�o precisa atacar a fam�lia dos outros”, completou o prefeito. Jair J�nior, o filho do vereador, j� jogou no Vila Nova e est� em teste na base, sem contrato.

Na grava��o com Nepomuceno, Azevedo afirma que a prefeitura teria comprado apoio pol�tico na C�mara. “O Jair di Greg�rio esteve na minha sala, falou que a Belotur est� pagando para a base, est� dando dinheiro para a base. E me disse claramente que o prefeito, para mant�-lo na base, usou o Galo, colocou o filho dele durante a sua gest�o para jogar na base (do Atl�tico)”, disse. Na sequ�ncia, Nepomuceno responde: “Entendi. Direito seu, velho. Isso � verdade. N�o posso falar nada, porque � verdade. Se o filho dele est� l�, porque joga bola ou n�o joga bola... Ele est� na base”, disse Nepomuceno, sem concluir a frase.

‘VELHA POL�TICA’

Al�m de conselheiro do Atl�tico, Gabriel Azevedo foi um dos coordenadores de campanha de Kalil nas elei��es de 2016, mas, depois de se eleger na C�mara, se declarou independente. Segundo o prefeito, Gabriel apenas “desfilava” ao seu lado nos atos de campanha. “Nunca me ajudou em nada”, afirma.

Azevedo alega que tem sido atacado pelos parlamentares por causa da tramita��o de projetos e por pressionar pela abertura da CPI da BHTrans, para auditar a empresa. “Entendo que incomodo querendo que o processo legislativo ocorra como tem que acontecer. Mas manter a base totalmente feita coma velha pol�tica, usando o Galo, usando dinheiro p�blico, usando a Belotur � foda”, retruca o vereador na grava��o.

Kalil rebateu dizendo que a CPI da BHTrans seria destinada a investigar a gest�o do ex-prefeito Marcio Lacerda. “� uma desfa�atez dizer que estou trabalhando contra a CPI”, reclamou. Eduardo Nepomuceno e Jair di Greg�rio afirmaram na noite de sexta-feira que v�o acionar judicialmente o colega de plen�rio.

MORADIAS

O prefeito Alexandre Kalil divulgou em seu perfil no Twitter mensagem que recebeu do ministro das Cidades, Alexandre Baldy, informando que o governo federal vai dar continuidade ao Programa Cr�dito Solid�rio, lan�ado em 2004 e depois suspenso. Em BH, ser�o retomadas as obras de 747 moradias, num total de 6.529 em 13 estados.