
Com a presen�a de apenas 11 dos 41 vereadores em plen�rio, o prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PHS) apresentou na manh� desta sexta-feira, na C�mara Municipal, um balan�o das principais a��es e programas implementados no primeiro ano de governo.
O baixo qu�rum foi minimizado por Kalil, para quem a pouca participa��o � sinal que tudo que tem sido feito pela sua gest�o est� bem “explicado”. Al�m disso, alegou n�o ter feito qualquer tipo de convoca��o para a participa��o dos parlamentares.
“Eu vim aqui cumprir uma lei. Acho que o importante � a gente prestar conta. Quando vem pouco (vereador), � sinal que a conta est� bem prestada n�o �? Ent�o se viesse muita gente aqui brigar, xingar, espernear, � porque o neg�cio n�o tava bom”, afirmou o prefeito. A Lei Org�nica do Munic�pio determina a entrega do documento aos 41 vereadores com dados da gest�o do ano anterior no m�s de mar�o.
Em um r�pido discurso, o prefeito comentou sobre a import�ncia de ter uma equipe qualificada nas secretarias municipais e creditou ao corte de gastos o fato de Belo Horizonte estar imune � “trag�dia” da economia nacional.
Para o presidente da C�mara, vereador Henrique Braga, a aus�ncia dos colegas n�o � sinal de falta de prest�gio do Executivo. Segundo ele, as informa��es apresentadas nesta manh� s�o as mesmas que a Prefeitura repassa a cada tr�s meses para a C�mara, o que justificaria boa parte das aus�ncias.
Internet
Em meio a um debate morno e sem grandes questionamentos, coube ao ex-presidente da Casa, Welligton Magalh�es (Pode), cobrar a presen�a dos colegas no plen�rio. “Estamos em uma das piores legislaturas por causa de dois ou tr�s vereadores. Era a hora de eles estarem aqui para a gente debater. Daqui a pouco est�o postando coisas na internet”, disse o parlamentar.O recado teve como principal destinat�rio Gabriel Azevedo (PHS), que h� duas semanas veio a p�blico dizer que o Executivo est� usando dinheiro da Belotur para garantir apoio na C�mara e ainda acusou Kalil de uso pol�tico do Atl�tico para beneficiar parlamentares. O colega de partido de Kalil n�o estava presente no plen�rio.
O prefeito evitou polemizar. “Ao Wellington, digo sinceramente que eles me incomodam muito pouco. Vamos focar na Prefeitura. Vamos falar coisa com coisa, vamos tentar pegar palanque para tentar ajudar essa cidade, vamos falar coisa s�ria”, ponderou.
J� Gabriel classificou a presen�a de Kalil na Casa como “visita surpresa”, pois, a comunica��o foi feita no fim da tarde dessa quinta-feira no site da C�mara, o que impediu muitos parlamentares de participar. Ele alegou ter outros compromissos agendados para a manh� de hoje, o que lhe impediu de comparecer. “ Se havia desejo de presen�a dos parlamentares, certamente haveria preocupa��o em avisar todos com maior anteced�ncia. Fica a dica para a pr�xima”, afirmou.
O vereador ainda questionou a transpar�ncia da gest�o de Kalil. O parlamentar disse que cobrou posicionamentos da PBH, mas ainda n�o foi respondido. “Essa transpar�ncia seria bem vinda. Eu quero saber, por exemplo, quando o Plano Diretor ser� enviado � C�mara Municipal. Essa � uma prioridade que foi deixada de lado no primeiro ano de gest�o”, comentou.
Durante a reuni�o na C�mara, o prefeito de BH contou que o plano diretor para a cidade ser� encaminhado � C�mara at� meados de julho, mas n�o adiantou qualquer ponto que dever� ser colocado no projeto. Segundo ele, o assunto ser� discutido abertamente com os vereadores. “Trazer um assunto t�o importante sem discutir � autorit�rio e irrespons�vel".
Sobre o uso de recursos da Belotur, Kalil foi ir�nico. “Gente, eu vou comprar vereador por R$ 16 mil? Tem que tomar vergonha quem fala isso. Se eu der para meu ca�ula R$ 16 mil ele n�o me obedece”. Kalil ainda afirmou que caso as den�ncias sejam investigadas pelo Minist�rio P�blico, estar� � disposi��o para prestar esclarecimentos.
Participaram do evento desta manh� os vereadores Henrique Braga (PSDB), Irlan Mello (PR), Pedro Patrus (PT), Fernando Luiz (PSB), Marilda Portela (PRB), Osvaldo Lopes (PHS), Welington Magalh�es (Pode), �lvaro Dami�o (PSB), Autair Gomes (PSC), Nely (PMN) e Catatau (PSDC).