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Estado de Minas

Popula��o faz manifesta��o em Santa Luzia pedindo elei��o para prefeito

Depois do afastamento de Roseli Ferreira Pimentel e do vice, moradores da cidade da Grande BH cobram do TSE outra elei��o para escolher o novo chefe do Executivo municipal


postado em 12/03/2018 06:00 / atualizado em 12/03/2018 07:46

Dezenas de moradores se manifestaram em frente à Igreja Matriz da cidade, que está sendo administrada pelo presidente da Câmara (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
Dezenas de moradores se manifestaram em frente � Igreja Matriz da cidade, que est� sendo administrada pelo presidente da C�mara (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)

Moradores de Santa Luzia, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, fizeram protesto na manh� desse domingo para cobrar da Justi�a Eleitoral a realiza��o de novas elei��es para prefeito na cidade. A chapa eleita em 2016 teve o registro cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) em dezembro do ano passado, e desde ent�o, o comando da prefeitura est� nas m�os do presidente da C�mara, Sandro Coelho (PSB). A elei��o extempor�nea em Santa Luzia j� foi marcada duas vezes – em 4 de mar�o e 8 de abril – mas foi cancelada por tempo indeterminado em raz�o da tramita��o de um recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Enquanto isso, a popula��o reclama da instabilidade pol�tica na cidade. “TSE, olhe para a cidade de Santa Luzia. Esse nosso grito pode n�o chegar ao ouvido do ministro, mas temos que gritar. A popula��o tem direito a votar de novo”, afirmou o arquiteto Newton de P�dua, um dos coordenadores do grupo Movimento Santaluziense. Ele se referia a uma decis�o do ministro Admar Gonzaga, que em janeiro suspendeu a disputa at� que seja julgado um recurso especial apresentado pela chapa Roseli Ferreira-Fernando de Almeida.

Os vencedores das elei��es de 2016 tiveram o mandato cassado pela Justi�a Eleitoral em cinco processos, sob acusa��o de capta��o e gasto il�cito de dinheiro na campanha. Na decis�o que adiou as elei��es, o ministro Admar Gonzaga alegou que os recursos envolvendo a cassa��o dos eleitos estava com vistas � Procuradoria Geral Eleitoral, possibilitando um “julgamento breve”, por isso seria mais vi�vel adiar a disputa. Ainda n�o h� data para o julgamento.

A lentid�o do Judici�rio levou a aposentada Carmosina Gon�alves a participar do ato na manh� de ontem. “Tenho o direito de votar para prefeito”, dizia um cartaz feito por ela. “N�o votamos no Sandro para prefeito, mas para vereador”, completou. V�rias faixas foram colocadas na pra�a em frente � Igreja da Matriz, onde o ato foi realizado com a presen�a de cerca de 200 pessoas, segundo os organizadores. Do alto do carro de som, moradores e seis dos sete pr�-candidatos a prefeitos se revezaram no microfone para debater a import�ncia da marca��o das novas elei��es.

J� se inscreveram para a disputa o prefeito interino Sandro Coelho – que n�o participou do ato de ontem –, Cristiano Xavier (PSD), Suzane Duarte (PT), Agnaldo Campos (PSDB), Denilson Martins (Avante), Professor Abra�o (Rede) e Jo�o Rasgado (PSol). Cristiano, Agnaldo e Jo�o Rasgado tamb�m disputaram a prefeitura nas elei��es de 2016, sendo que o candidato do PSD terminou na segunda coloca��o, com diferen�a de pouco mais de 5 mil votos.

IMPEACHMENT
Enquanto o Judici�rio n�o resolve a quest�o, a cidade tamb�m est� �s voltas com um processo de impeachment envolvendo a prefeita afastada Roseli Ferreira Pimentel (PSB). Em novembro do ano passado, 14 dos 15 vereadores presentes em plen�rio da C�mara aprovaram a instaura��o de uma comiss�o especial processante para avaliar o pedido de afastamento da prefeita. O grupo tem at� 8 de abril para apresentar um parecer para vota��o em plen�rio.

Roseli Pimentel � acusada de envolvimento no assassinato do jornalista Maur�cio Campos Rosa, do jornal O Grito, e de ter usado recursos p�blicos para pagar o assassino – da� o pedido de impeachment. Independentemente da decis�o da C�mara, a prefeita afastada foi presa em 7 de setembro do ano passado, mas deixou o Complexo Penitenci�rio Feminino Estev�o Pinto, em Belo Horizonte, no m�s seguinte, para cumprir pris�o domiciliar com tornozeleira eletr�nica. A decis�o foi do Superior Tribunal de Justi�a (STJ), que acatou um pedido de liminar em habeas corpus protocolado pela defesa.

O assassinato do jornalista Maur�cio Campos Rosa, de 64 anos, ocorreu em 17 de agosto de 2016. Segundo as investiga��es, Maur�cio foi atingido por um tiro no pesco�o e quatro tiros nas costas quando deixava a casa de um assessor da prefeita afastada no Bairro Frimisa. Na ocasi�o, a prefeita foi detida em casa, no Bairro Industrial Americano, em Santa Luzia.


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