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Estado de Minas

Pr�-candidatos a presidente da Rep�blica podem ser bal�o de ensaio; entenda

Outubro est� cada vez mais perto e a indefini��o sobre pol�ticos realmente vi�veis � presid�ncia da Rep�blica � evidente


postado em 12/03/2018 10:48 / atualizado em 12/03/2018 11:10


A sete meses das elei��es presidenciais, al�m da d�vida sobre a viabilidade e a qualidade dos candidatos, os brasileiros sequer conseguem prever se todos os nomes que se lan�aram ou que pretendem se apresentar estar�o, de fato, nas urnas em 7 de outubro. Aproveitando a crise pol�tica, partidos jogam no ar bal�es de ensaio na expectativa de colar no imagin�rio do eleitorado. E fazem isso com festa, pompa e circunst�ncia, sem saber se, l� na frente, acabar�o se tornando autores de uma grande fake news.

Um exemplo aconteceu na semana passada, com o pr�-lan�amento de Rodrigo Maia (DEM-RJ) como candidato a chefe do Executivo. O atual presidente da C�mara discursou em um evento ladeado do mais novo presidente do partido, ACM Neto (prefeito de Salvador), de lideran�as de partidos que o apoiam, como PP, Solidariedade e PHS, e de outros que tamb�m devem lan�ar nomes pr�prios, como o PSDB e at� o MDB. “� natural que isso aconte�a neste momento. Pela pulveriza��o partid�ria e por uma troca de gera��o na pol�tica”, justifica o l�der do DEM na C�mara, Rodrigo Garcia (SP).

A situa��o se repete tamb�m nas elei��es estaduais. Segundo Garcia, nas disputas locais, essa explos�o de interessados em concorrer aos cargos p�blicos � ainda mais n�tida. Ainda assim, ele refuta a hip�tese de a candidatura de Maia ser apenas um bal�o de ensaio. “Ele apresentou-se e � para valer. Primeiro, porque conseguiu agregar um grupo de partidos ao seu redor para lhe dar sustenta��o. E tamb�m por ter ocupado, antes, um espa�o de discurso de centro que estava em aberto, o que lhe d� oportunidade de crescimento”, afirma Garcia.

Algo impens�vel em qualquer disputa eleitoral presidencial dos �ltimos 29 anos, desta vez, at� o PT tem um bal�o de ensaio voando pelo c�u do pa�s. � praticamente certo que Luiz In�cio Lula da Silva n�o ser� o nome do partido na corrida de outubro, mas o partido, tanto por coer�ncia, quanto por
desorganiza��o, recusa-se a admitir isso. Luta para esticar a presen�a do petista nas pesquisas e no debate pol�tico, enquanto os advogados correm para evitar que ele seja preso. As lideran�as petistas admitem que, ainda assim, Lula est� no centro do debate. “Essa indefini��o se ele ser� candidato acaba influenciando todos os demais”, pondera o deputado Carlos Zarattini (PT-SP).

“Se houvesse uma certeza de Lula n�o ser candidato, acredito at� que mais candidaturas seriam lan�adas. Se ele disputar, a tend�ncia � de um enxugamento das op��es, inclusive em nosso campo pol�tico. Como nem o PT sabe se Lula ser� candidato, todo mundo apresenta nomes para ver se, na �ltima hora, permanecem ou n�o vi�veis”, explica Zarattini. O secret�rio-geral do PSDB, deputado
Marcus Pestana (MG), lembra que, em 2010, a candidatura de Jos� Serra s� foi confirmada na conven��o partid�ria de julho. E que, em 1989, havia uma infinidade de postulantes ao Planalto ainda maior do que hoje.

Pestana, contudo, n�o est� convicto de que Maia ser� o candidato do campo de centro. Evita ataques diretos para n�o ferir o DEM, um aliado hist�rico. “Mas os pr�prios partidos que o apoiam estipularam um prazo at� junho para ele subir, dos atuais 1% nas inten��es de voto, para algo em torno de 7%, 8%”, diz o parlamentar mineiro. Patamar, inclusive, no qual o tucano Geraldo Alckmin, governador de S�o Paulo, j� est�. “Esperamos chegar em junho a dois d�gitos”, projeta.

Para o coordenador do curso de ci�ncia pol�tica do Centro Universit�rio do Distrito Federal (UDF), Jos� Deocleciano, a fragmenta��o partid�ria pode abrir uma janela para siglas pequenas que queiram ter candidato pr�prio. Mas, mesmo as menores devem buscar candidatos j� conhecidos para concorrer com os velhos nomes da pol�tica. “Um candidato outsider pode at� agregar voto, mas tem que fazer uma s�rie de alian�as fortes. Os partidos ter�o ter que apostar nos ‘campe�es’ mesmo”, diz. “O Barbosa (Joaquim, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal) pode ter uma chance? Talvez. O outsider em pequenos partidos deveria vir para abrir espa�o para esse grupo, mas a capacidade de competir eleitoralmente ainda � muito baixa. Quem teria mais probabilidade seria o Luciano Huck”, completa.

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A anima��o na corrida para apresentar candidatos n�o movimenta apenas as grandes legendas. Partidos de porte m�dio tamb�m enxergam espa�o para se colocarem no cen�rio. O prazo para as filia��es partid�rias terminam em abril, o que pode determinar as alian�as no futuro. Com um prazo curto de campanha, a tend�ncia � de que mesmo os partidos pequenos apostem em nomes conhecidos do p�blico para aumentar as chances de disputar o mais alto cargo do Executivo.

Entre os nomes j� conhecidos, est� o do ministro aposentado Joaquim Barbosa, que ainda conversa com o PSB. A sigla aposta no magistrado como pr�-candidato, mas, para isso, � necess�rio que Barbosa se filie. H� uma expectativa de que isso aconte�a amanh�. “Ainda n�o temos uma defini��o. Estamos avaliando, pois h� um quadro de incerteza muito grande”, analisa Carlos Siqueira, presidente nacional da sigla. Ele explica que, apesar do cen�rio incerto, ainda n�o h� um plano B, j� que Beto Albuquerque (RS) desistiu de concorrer ao cargo.


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