
A sete meses das elei��es presidenciais, al�m da d�vida sobre a viabilidade e a qualidade dos candidatos, os brasileiros sequer conseguem prever se todos os nomes que se lan�aram ou que pretendem se apresentar estar�o, de fato, nas urnas em 7 de outubro. Aproveitando a crise pol�tica, partidos jogam no ar bal�es de ensaio na expectativa de colar no imagin�rio do eleitorado. E fazem isso com festa, pompa e circunst�ncia, sem saber se, l� na frente, acabar�o se tornando autores de uma grande fake news.
Um exemplo aconteceu na semana passada, com o pr�-lan�amento de Rodrigo Maia (DEM-RJ) como candidato a chefe do Executivo. O atual presidente da C�mara discursou em um evento ladeado do mais novo presidente do partido, ACM Neto (prefeito de Salvador), de lideran�as de partidos que o apoiam, como PP, Solidariedade e PHS, e de outros que tamb�m devem lan�ar nomes pr�prios, como o PSDB e at� o MDB. “� natural que isso aconte�a neste momento. Pela pulveriza��o partid�ria e por uma troca de gera��o na pol�tica”, justifica o l�der do DEM na C�mara, Rodrigo Garcia (SP).

Algo impens�vel em qualquer disputa eleitoral presidencial dos �ltimos 29 anos, desta vez, at� o PT tem um bal�o de ensaio voando pelo c�u do pa�s. � praticamente certo que Luiz In�cio Lula da Silva n�o ser� o nome do partido na corrida de outubro, mas o partido, tanto por coer�ncia, quanto por

“Se houvesse uma certeza de Lula n�o ser candidato, acredito at� que mais candidaturas seriam lan�adas. Se ele disputar, a tend�ncia � de um enxugamento das op��es, inclusive em nosso campo pol�tico. Como nem o PT sabe se Lula ser� candidato, todo mundo apresenta nomes para ver se, na �ltima hora, permanecem ou n�o vi�veis”, explica Zarattini. O secret�rio-geral do PSDB, deputado

Pestana, contudo, n�o est� convicto de que Maia ser� o candidato do campo de centro. Evita ataques diretos para n�o ferir o DEM, um aliado hist�rico. “Mas os pr�prios partidos que o apoiam estipularam um prazo at� junho para ele subir, dos atuais 1% nas inten��es de voto, para algo em torno de 7%, 8%”, diz o parlamentar mineiro. Patamar, inclusive, no qual o tucano Geraldo Alckmin, governador de S�o Paulo, j� est�. “Esperamos chegar em junho a dois d�gitos”, projeta.

Popularidade

Entre os nomes j� conhecidos, est� o do ministro aposentado Joaquim Barbosa, que ainda conversa com o PSB. A sigla aposta no magistrado como pr�-candidato, mas, para isso, � necess�rio que Barbosa se filie. H� uma expectativa de que isso aconte�a amanh�. “Ainda n�o temos uma defini��o. Estamos avaliando, pois h� um quadro de incerteza muito grande”, analisa Carlos Siqueira, presidente nacional da sigla. Ele explica que, apesar do cen�rio incerto, ainda n�o h� um plano B, j� que Beto Albuquerque (RS) desistiu de concorrer ao cargo.
