Bras�lia, 01 - Depois de se reunirem com o presidente Michel Temer, no Pal�cio do Jaburu, neste domingo, 1�, l�deres da base aliada do governo e o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (MDB-MS), mostraram discurso alinhado sobre a possibilidade de a Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) apresentar uma terceira den�ncia contra o emedebista. Tanto Marun, como o l�der do governo no Senado, Romero Juc� (MDB-RR), e o vice-l�der do governo, deputado Darc�sio Perondi (MDB-RS), negaram que isso v� acontecer.
O mais enf�tico foi Marun. "N�o existe terceira den�ncia. Seguimos governando e n�o trabalhamos com a hip�tese da terceira den�ncia", disse antes de minimizar a possibilidade da investiga��o contra Temer contaminar os trabalhos no Congresso. "N�o acredito que o Parlamento volte fervendo em fun��o de pris�es para colher depoimentos. A ideia � que nesta semana seja votada a reonera��o (da folha salarial) no Congresso".
Perondi repetiu o discurso e afirmou que o risco de uma terceira den�ncia � "baixo". Romero Juc� foi o menos enf�tico, mas disse que Temer est� "tranquilo" e n�o � "presidente pato manco". "N�o tratamos de (eventual) terceira den�ncia (contra Temer) na reuni�o. Temer est� tranquilo e preocupado em governar. N�o se pode pensar em cima de conjectura. O governo n�o est� focado em terceira den�ncia. Presidente que est� em pleno exerc�cio de seu poder n�o � pato manco", afirmou.
Presidente nacional do MBD, Juc� tamb�m aproveitou para reafirmar as inten��es do partido de lan�ar a candidatura do presidente � reelei��o. "Se depender de n�s, do MDB, ele ser� candidato � reelei��o. Ele (Temer) ainda n�o definiu (a candidatura), mas est� trabalhando nessa dire��o. Eu defendo que Temer tem que ir mesmo para o palanque", complementou.
Apesar do discurso oficial, a pris�o do ex-assessor Jos� Yunes e de outros amigos de Temer foi vista nos bastidores como um indicativo de que a procuradora-geral, Raquel Dodge, possa apresentar nova den�ncia contra o presidente. Se isso ocorrer, a avalia��o no Planalto � que as pretens�es eleitorais de Temer seriam minadas. Ele teria novamente que se dedicar a barrar o avan�o da investiga��o na C�mara.
A reuni�o deste domingo contou tamb�m com a presen�a dos ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, da Secretaria Geral, Moreira Franco, e do Planejamento, Dyogo Oliveira. O objetivo era sacramentar a ida de Oliveira para a presid�ncia do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES) e definir seu sucessor no Minist�rio do Planejamento. O escolhido foi o secret�rio-executivo da Pasta, Esteves Conalgo J�nior.
(Carla Ara�jo e Renan Truffi)