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Estado de Minas

'Vivemos tempos de intoler�ncia', diz C�rmen L�cia, que pede 'serenidade'

Presidente diz que a democracia � fruto da luta de muitos e que merece respeito


postado em 02/04/2018 17:00 / atualizado em 02/04/2018 18:24

(foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF)
(foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF)

A ministra C�rmen L�cia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), disse que o pa�s "vive tempos de intoler�ncia e de intransig�ncia contra pessoas e institui��es".

Em pronunciamento que vai ao ar na noite desta segunda-feira, na TV Justi�a, ao final do Jornal da Justi�a, C�rmen diz. "A democracia brasileira � fruto da luta de muitos. E fora da democracia n�o h� respeito ao direito nem esperan�a de justi�a e �tica."

C�rmen n�o cita nomes nem eventuais demandas em curso na Corte m�xima, mas revela profunda preocupa��o com a preserva��o da democracia. Ela pede "serenidade".

Na pr�xima quarta-feira, 4, o Supremo julga o pedido de habeas corpus preventivo do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, sob grande expectativa no Pa�s inteiro. Milhares de promotores e magistrados pedem que prevale�a entendimento do STF pela pris�o em segunda inst�ncia. Milhares de advogados e juristas pedem que o Supremo derrube essa medida.

Manifesta��es pr� e contra Lula est�o previstas para esta ter�a, 3.

"Vivemos tempos de intoler�ncia e de intransig�ncia contra pessoas e institui��es", diz C�rmen.

"Por isso mesmo, este � um tempo em que se h� de pedir serenidade. Serenidade para que as diferen�as ideol�gicas n�o sejam fonte de desordem social. Serenidade para se romper com o quadro de viol�ncia. Viol�ncia n�o � justi�a. Viol�ncia � vingan�a e incivilidade."

Palavra de C�rmen


"A democracia brasileira � fruto da luta de muitos. E fora da democracia n�o h� respeito ao direito nem esperan�a de justi�a e �tica.

Vivemos tempos de intoler�ncia e de intransig�ncia contra pessoas e institui��es.

Por isso mesmo, este � um tempo em que se h� de pedir serenidade.

Serenidade para que as diferen�as ideol�gicas n�o sejam fonte de desordem social.

Serenidade para se romper com o quadro de viol�ncia. Viol�ncia n�o � justi�a. Viol�ncia � vingan�a e incivilidade.

Serenidade h� de se pedir para que as pessoas possam expor suas ideias e posi��es, de forma leg�tima e pac�fica.

Somos um povo, formamos uma na��o. O fortalecimento da democracia brasileira depende da coes�o c�vica para a conviv�ncia tranquila de todos. H� que serem respeitadas opini�es diferentes.

Problemas resolvem-se com racionalidade, compet�ncia, equil�brio e respeito aos direitos. Superam-se dificuldades fortalecendo-se os valores morais, sociais e jur�dicos. Problemas resolvem-se garantindo-se a observ�ncia da Constitui��o, papel fundamental e conferido ao Poder Judici�rio, que o vem cumprindo com rigor.

Gera��es de brasileiros ajudaram a construir uma sociedade, que se pretende livre, justa e solid�ria. Nela n�o podem persistir agravos e insultos contra pessoas e institui��es pela s� circunst�ncia de se terem ideias e pr�ticas pr�prias. Diferen�as ideol�gicas n�o podem ser inimizades sociais. A liberdade democr�tica h� de ser exercida sempre com respeito ao outro.

A efetividade dos direitos conquistados pelos cidad�os brasileiros exige garantia de liberdade para exposi��o de ideias e posi��es plurais, algumas mesmo contr�rias. Repito: h� que se respeitar opini�es diferentes. O sentimento de brasilidade deve sobrepor-se a ressentimentos ou interesses que n�o sejam aqueles do bem comum a todos os brasileiros.

A Rep�blica brasileira � constru��o dos seus cidad�os.

A p�tria merece respeito. O Brasil � cada cidad�o a ser honrado em seus direitos, garantindo-se a integridade das institui��es, respons�vel por assegur�-los."


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