
O pr�dio da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra C�rmen L�cia, no Bairro Santo Agostinho, na Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte, foi alvo de protesto na tarde desta sexta-feira (6) por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Com bandeiras e vestindo vermelho, o grupo que � contra a pris�o do ex-presidente Lula atirou bombas de tinta e fez picha��es nos muros e cal�adas do edif�cio.

A ministra, que mora em Bras�lia, n�o estava no pr�dio. As picha��es atingiram at� terceiro andar do edif�cio, n�o atingindo o apartamento da magistrada, que fica no �ltimo pavimento. Segundo morador, Gustavo Miranda, ela raramente fica no pr�dio e, sempre que est� em casa, mant�m postura reservada.
Ele conta que o ataque foi feito por cerca de 10 a 15 pessoas, que chegaram em tr�s �nibus. “Eles vieram fazer vandalismo com o patrim�nio de quem n�o tem nada a ver com a ministra. Foi um ato covarde e est�pido”, disse. � a primeira vez que ocorre algum tipo de amea�a no local e, assustados, moradores evitam falar com a imprensa. A Pol�cia Civil fez per�cia do local e recolheu as imagens das c�meras dos edif�cios.

O delegado da Pol�cia Civil Jos� Luiz Quint�o, que investiga o caso, afirma que os envolvidos ser�o denunciados por diversos crimes. “Ocorreu picha��o, mas tamb�m diante do fato de ser contra uma ministra, � um atentado � democracia. Como tamb�m houve dano ao pr�dio da Procuradoria, h� tamb�m dano ao patrim�nio p�blico”, afirmou.
A ministra C�rmen L�cia deu o voto de minerva que permitiu a pris�o do ex-presidente Lula, quando o julgamento do habeas corpus estava empatado em cinco a cinco. Tamb�m foi dela a decis�o de n�o pautar duas a��es declarat�rias de constitucionalidade que poderiam mudar o entendimento do Supremo sobre a pris�o em segunda inst�ncia. Ao justificar o voto, C�rmen L�cia disse que "entendimento da presun��o de inoc�ncia n�o pode levar � impunidade" e que "n�o h� ruptura ao princ�pio quando exaurida a fase de provas".