O protesto do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra no pr�dio em que a presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra C�rmen L�cia, tem um apartamento em Belo Horizonte foi repudiado por juristas nesta sexta-feira (6). O grupo, munido com bandeiras e fazendo um batuque, atirou bombas de tinta vermelha na fachada do edif�cio, no Bairro Santo Agostinho, e pichou paredes da Ouvidoria do Minist�rio P�blico.
O juiz da Lava-Jato no Rio de Janeiro, Marcelo Bretas, considerou o ataque um “absurdo” e manifestou solidariedade � ministra, “v�tima de viol�ncia absolutamente injusta e irracional”. O v�deo com o protesto foi publicado pelo pr�prio MST. O perfil do PT no Twitter tamb�m divulgou fotos do protesto.
A Associa��o Nacional dos Magistrados da Justi�a do Trabalho (Anamatra) divulgou nota dizendo que n�o � razo�vel que um magistrado “desde a primeira inst�ncia do Judici�rio at� a Suprema Corte brasileira, veja-se constrangido, punido ou de algum modo violado pelo conte�do das suas decis�es, quando prolatadas no bojo de processos judiciais”.
O ex-ministro Carlos Minc tamb�m usou o Twitter para condenar o ataque ao pr�dio em Belo Horizonte. “� absurda picha��o do pr�dio da ministra Carmen L�cia. Sou cr�tico de posi��es dela. Mas isto � inadmiss�vel. Discursei no Circo Voador contra assassinato de Marielle, de jovens de Maric�, de tiros na caravana. Entrar no jogo sujo: justifica agress�es a Chico Buarque etc Barb�rie’, disse.
O pr�-candidato a presidente pelo partido Novo, Jo�o Amo�do, disse que esse grupo n�o representa os brasileiros. “Eles agem apenas por seus pr�prios interesses, disseminando viol�ncia e �dio. O NOVO repudia este ato e todos como esse. O Estado de Direito deve ser pautado no respeito e di�logo, e n�o com destrui��o.”
C�rmen L�cia deu o voto de minerva que desempatou o julgamento do habeas corpus de Lula para evitar a pris�o. Ela se posicionou pela possibilidade de o petista ser preso de imediato, com a condena��o pelo Tribunal Regional Federal (TRF 4)