S�o Paulo, 06 - Em discurso em Salvador, o presidente Michel Temer falou que o Pa�s foi tomado por uma onda de pessimismo nos �ltimos tempos. "Antes, o otimismo no Brasil era bem maior, n�o havia diferen�a t�o grande entre os brasileiros", declarou. O presidente participou de solenidade de apresenta��o da nova diretoria da Federa��o das Ind�strias do Estado da Bahia (Fieb).
Temer enalteceu a rela��o entre seu governo e a iniciativa privada. "A governabilidade vem pela conjuga��o do setor p�blico com a iniciativa privada", disse, ressaltando que os avan�os conquistados durante sua gest�o n�o seriam poss�veis sem esta parceria. "Enfrentamos as maiores dificuldades do governo num per�odo de dois anos, mas o Pa�s n�o parou."
O presidente tamb�m elogiou o trabalho do ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que deixou nesta sexta o cargo para tentar disputar as elei��es deste ano. "Foram mais de 1,5 milh�o de empregos criados nestes quatro �ltimos trimestres", apontou.
Rota 2030
Temer afirmou que os estudos sobre o Rota 2030, novo programa de incentivo ao setor automobil�stico, est�o em fase final e que o programa deve ser apresentado e aprovado no in�cio de maio.
Os estudos do Rota 2030 est�o sendo realizados pela Fazenda e pelo Minist�rio da Ind�stria, Com�rcio Exterior e Servi�os (Mdic), mas as duas pastas t�m diverg�ncia sobre o assunto devido � preocupa��o da Fazenda com o ajuste fiscal.
O an�ncio deveria ter ocorrido no fim do ano passado, quando o Inovar-Auto, antigo programa para o setor, acabou, mas foi continuamente adiado. No meio de mar�o, o Mdic apresentou nova proposta �s montadoras, que n�o foi bem recebida pelas empresas, uma vez que os incentivos fiscais foram reduzidos de R$ 1,5 bilh�o por ano na proposta anterior para R$ 1 bilh�o. Em troca, as montadoras teriam de investir 3,3 vezes mais em pesquisa e desenvolvimento.
Durante seu discurso, Temer tamb�m agradeceu �s contribui��es dos empres�rios baianos ao seu governo, com sugest�es e tamb�m cobran�as. "Reconhe�o a cobran�a de alguns aqui presentes de, por exemplo, prestigiar o Nordeste."
Segundo ele, cada regi�o tem de ter tratamento diferenciado de acordo com suas necessidades. "Temos de ter um tratamento diferenciado para Estados do Nordeste", refor�ou.
(Caio Rinaldi e Tha�s Barcellos)