
O helic�ptero com Lula pousou na Superintend�ncia da Pol�cia Federal (PF) em Curitiba, �s 22h30 deste s�bado. Ele foi transferido de S�o Paulo em um monomotor. O pol�tico vai ficar em uma sala especial da corpora��o. O ex-presidente foi condenado a 12 anos e um m�s de reclus�o na Opera��o Lava Jato. Ele ficar� isolado dos demais presos da opera��o que investiga desvios bilion�rios na Petrobras.
O ex-presidente Lula se entregou na noite deste s�bado, em S�o Bernardo do Campo (SP), ap�s seis horas do com�cio em que afirmou que se entregaria. A pris�o ocorreu cerca de 26 horas depois do final do prazo estipulado pelo juiz S�rgio Moro em despacho dessa quinta-feira, em que ficou determinada a reclus�o do petista.
A sa�da de Lula do pr�dio do Sindicato dos Metal�rgicos do ABC ocorreu ap�s muita negocia��o de l�deres partid�rios com militantes, que impediram a sa�da dele na primeira vez que tentou deixar o local. Ele s� conseguiu sair do pr�dio �s 18h43, quando, andando, atravessou a multid�o de militantes e entrou no galp�o onde as viaturas da Pol�cia Federal estavam estacionadas,.
Em seguida, passou por exame de corpo de delito no servi�o m�dico da Superintend�ncia de S�o Paulo, no 10ª andar. De l�, partiu em helic�ptero do governo estadual ao aeroporto de Congonhas, onde um monomotor da corpora��o o esperava. Depois, foi levado para Curitiba, onde aterrissou no Aeroporto Afonso Pena �s 22h11.
O ex-presidente foi colocado em um helic�ptero e levado para a Superintend�ncia da PF. Ele foi acompanhado de dois advogados. Ao sair da aeronave, desceu por uma escada junto com agentes federais, e foi levado para a sala especial onde ficar� preso.
A cela
Na cobertura do pr�dio de quatro andares, no bairro Jardim Santa C�ndida, um c�modo que servia de alojamento para policiais de outras cidades, em miss�o na capital paranaense, foi transformado nos �ltimos dois meses em cela especial para receber o petista. O local ter� tem 15 metros quadrados de �rea, com banheiro privativo, e TV.
Tens�o entre manifestantes
A chegada do ex-presidente foi acompanhada por manifestantes favor�veis e contr�rios e o clima foi de tens�o. Foram explodidas bombas de efeito moral para conter a multid�o a favor de Lula.
Separados por um espa�o de 30 metros, os grupos gritavam palavras de ordem. Apoiadores de Lula se emocionaram, cantaram e gritavam palavras de ordem. Com bandeiras de movimentos sociais, entidades sindicais e de partidos pol�ticos, o grupo usou um sinalizador ao saber que o ex-presidente havia desembarcado na capital paranaense.
Do outro lado, manifestantes contr�rios ao ex-presidente comemoraram a pris�o com fogos de artificio, buzinas e bandeiras do Brasil.
Houve confus�o entre os grupos. Segundo relatos, alguns manifestantes atiraram pedras e uma tentativa de derrubada do port�o de prote��o. Com o tumulto, a pol�cia usou bombas de g�s lacrimog�neo para dispersar os manifestantes.
Decis�o da Justi�a
Atendendo a um pedido da prefeitura de Curitiba, o juiz Ernani Mendes Silva Filho deferiu a liminar determinando a sa�da dos manifestantes das �reas pr�ximas � Superintend�ncia da Pol�cia Federal. Segundo o �rg�o, os manifestantes n�o podem transitar na �rea, tamb�m n�o podem impedir o tr�nsito de pessoas e ainda n�o devem se abster de montar estruturas e acampamentos nas ruas e pra�as da cidade, sem pr�via autoriza��o municipal.
De acordo com a prefeitura, a aglomera��o de pessoas no local poderia causar “transtornos aos moradores da regi�o e grave les�o � ordem e � seguran�a p�blica.”
Na decis�o, o juiz afirma que “h� um justo receio de turba��o ou esbulho, o que ficou comprovado atrav�s dos notici�rios, que registram a pr�tica de confrontos em diversas localidades – em especial na sede do Sindicato dos Metal�rgicos, em S�o Bernardo do Campo -, com pessoas feridas e baleadas, assim como agress�es � jornalistas e vandalismos em pr�dios p�blicos e particulares – � exemplo do ocorrido no im�vel de propriedade da Presidente do Supremo Tribunal Federal -, o que n�o se pode admitir no Estado Democr�tico de Direito.”