
As planilhas t�m por objetivo sustentar a vers�o dada em dela��o de que o corretor teria retirado R$ 1 milh�o do escrit�rio do amigo e ex-assessor de Temer, o advogado Jos� Yunes, a pedido do ex-ministro Geddel Vieira Lima. Funaro, no seu acordo, disse que os valores pagos pela Odebrecht eram de Michel Temer e que o ent�o vice-presidente teria ordenado o envio de parte dos valores para Geddel. "Dirigentes da Odebrecht utilizaram o doleiro Alvaro Novis para fazer com que os valores destinados a Temer chegassem nas m�os de Yunes", disse o corretor.
Nas planilhas entregues por Funaro, as entradas e sa�das apontadas somam o mesmo R$ 1 milh�o que teria sido encaminhado � Geddel.
Yunes chegou a prestar um depoimento na PF sobre a retirada de valores em seu escrit�rio. De acordo com sua vers�o, ele teria servido de "mula" para o ministro Eliseu Padilha. O repasse citado por Funaro foi revelado nas dela��es de executivos da Odebrecht e teria sido acordado em uma reuni�o no Pal�cio do Jaburu com a participa��o de Temer. As novas informa��es fornecidas pelo corretor, atualmente em pris�o domiciliar, ser�o utilizadas no inqu�rito que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) cujos alvos s�o Temer e os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco.
A inclus�o de Temer na investiga��o foi solicitada pela procuradora-geral da Rep�blica, Raquel Dodge. No entendimento da PGR, a dela��o da Odebrecht aponta para o recebimento de propina por Temer, Padilha e Moreira em troca de benef�cios em temas relacionados a Secretaria de Avia��o Civil, � �poca sob o comando de Moreira Franco.
Defesas
Em nota, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse que, em respeito � Justi�a, "s� se pronunciaria nos autos do processo".
A Secretaria de Comunica��o da Presid�ncia da Rep�blica afirmou, por meio de nota, que as acusa��es noticiadas por conta de informa��es complementares de dela��o premiada que o corretor L�cio Bolonha Funaro entregou � Procuradoria-Geral da Rep�blica tem "como �nico objetivo manter campanha difamat�ria contra o presidente Michel Temer sem que as investiga��es produzam fatos reais". "Ou seja, s�o apenas fic��es em s�rie", diz a nota.
A assessoria de imprensa do Pal�cio do Planalto disse ainda que todas as atribui��es do coronel Jo�o Batista Lima Sobrinho em campanhas do presidente Michel Temer "sempre foram pautadas pela legalidade, lisura e corre��o". "Essa velha acusa��o volta a ser requentada hoje pelas autoridades sem que haja provas reais", afirma a Secom.
Na nota, o Planalto refor�a que os "depoimentos continuam repletos de contradi��es e incoer�ncias". "Inclusive com rela��o a outras dela��es j� homologadas pela Justi�a, sem que se fa�am as confronta��es", destaca. Auxiliares do presidente citam, por exemplo, a dela��o do ex-diretor de Rela��es Institucionais da Odebrecht Claudio Melo Filho que traria declara��es distintas �s apresentadas por Funaro.
(Fabio Serapi�o)