Bras�lia - O ministro Marco Aur�lio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), em decis�o desta quinta-feira, 12, manteve a an�lise da den�ncia contra o senador A�cio Neves (PSDB-MG) para a pr�xima ter�a-feira, 17. A Primeira Turma da Corte decide nesse julgamento se torna r�us o senador, sua irm� Andrea Neves, seu primo Frederico Pacheco de Medeiros e Mendherson Souza Lima, ex-assessor parlamentar do senador Zez� Perrella (MDB-MG) pelo crime de corrup��o passiva.
O caso, em que A�cio ainda � denunciado por obstru��o de justi�a, � do inqu�rito instaurado em maio de 2017, com base na dela��o da JBS.
Na quarta-feira, a defesa de Andrea havia pedido ao STF o adiamento da an�lise do caso. A defesa da irm� do senador requereu que o julgamento fosse adiado para o dia 24 de abril, uma vez que, na mesma data e hora, o advogado do caso comparecer� ao Superior Tribunal de Justi�a (STJ) para realizar sustenta��o oral na aprecia��o de habeas corpus de outro cliente. Por meio de peti��es, as defesas dos demais acusados n�o se opuseram ao pedido.
Para o ministro Marco Aur�lio, o pedido n�o est� acompanhado de justificativa relevante. "Consoante consignado nas informa��es, al�m do advogado que firmou o requerimento, h� mais oito habilitados no processo revelador do habeas corpus em curso perante o STJ", disse.
O ministro ainda afirmou que est�o credenciados no processo outros onze representantes de Andrea. "Nada impede que os julgamentos agendados para a data sejam ordenados, no pr�prio dia, de modo a possibilitar ao profissional, ante a proximidade dos Tribunais, a realiza��o de sustenta��o oral em ambos", concluiu o relator ao negar o pedido de adiamento.
Caso
Entre as acusa��es que pesam sobre A�cio, est� a grava��o na qual o tucano pede R$ 2 milh�es ao empres�rio Joesley Batista, um dos donos da J&F, controladora da JBS. Em uma conversa, o tucano aparece pedindo o dinheiro ao empres�rio sob a justificativa de que precisava pagar despesas com sua defesa na Opera��o Lava-Jato. A den�ncia contra A�cio foi apresentada em 2 de junho de 2017. Todos os acusados negam irregularidades.
Por meio de nota divulgada na ter�a-feira, 10, quando foi marcado o julgamento, a defesa de A�cio Neves afirmou que o senador "vem demonstrando que ele foi v�tima de uma situa��o forjada, arquitetada por criminosos confessos que, sob a orienta��o do ent�o procurador Marcelo Miller, buscavam firmar um acordo de dela��o premiada fant�stico".
"As provas revelam que o empr�stimo pessoal feito ao senador n�o envolvia dinheiro p�blico ou, como reconheceu a pr�pria PGR, qualquer contrapartida. Assim, inexiste crime ou ilegalidade na conduta do senador A�cio", afirma o advogado Alberto Zacharias Toron.
(Amanda Pupo e Rafael Moraes Moura)