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Estado de Minas

Pulveriza��o de candidaturas leva pol�ticos a apostas de alto risco

Legendas resistem em deixar uma porta aberta para, em determinado momento, se unir mais � frente


postado em 15/04/2018 06:00 / atualizado em 15/04/2018 09:58

Bras�lia – As cartas est�o lan�adas no que promete ser a corrida eleitoral mais apertada e sem progn�sticos da hist�ria brasileira. Apostar em qualquer um dos 22 pr�-candidatos � jogar com o imponder�vel. Candidaturas de esquerda e centro, que n�o se atraem, est�o pulverizadas. A direita, liderada majoritariamente pelo pr�-candidato Jair Bolsonaro (PSL-RJ), pode enfrentar problemas com os poucos minutos de televis�o, recursos e falta de palanque nos estados.


O momento � ainda mais incerto porque, hoje, a aposta dos partidos � no tudo ou nada. Legendas resistem em deixar uma porta aberta para, em determinado momento, se unir mais � frente. Mesmo com o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva preso, o PT ainda acredita na possibilidade de atrair apoio de aliados, como PCdoB, da presidenci�vel Manuela D’�vila, e do Psol, do pr�-candidato Guilherme Boulos. Ambas as siglas, no entanto, relutam em acenar com uma uni�o. O PDT, de Ciro Gomes, e a Rede, de Marina Silva, tamb�m resistem e procuram al�ar voo longe do discurso petista.


No centro, a divis�o n�o � diferente. Est� ainda mais pulverizado. O MDB, de Michel Temer, que vai tentar manter o legado do governo, aposta em uma imagem fortalecida com o embarque do ex-ministro da Fazenda e tamb�m presidenci�vel Henrique Meirelles para atrair apoio de outras siglas. O ambiente eleitoral atualmente tra�ado, no entanto, aponta o contr�rio. DEM, PSD, PSC e PRB, legendas da base governista, v�o tentar emplacar candidaturas pr�prias.


As pesquisas eleitorais podem at� dar sinais do apelo popular. Mas dificilmente ser�o suficientes para cravar o rumo das elei��es, que pode ser ainda mais imprevis�vel do que as disputas de 1989, quando estavam no p�reo 22 candidatos, avalia o cientista pol�tico Murilo Arag�o, s�cio da consultoria Arko Advice. “A realidade de hoje repete muitas circunst�ncias daquela situa��o. Muitos candidatos, uma fragmenta��o muito ampla. Uma esquerda muito dividida e um centro muito pulverizado, que n�o se entendia em torno do MDB, do PSDB e do PFL (atual DEM)”, pondera.


A grande diferen�a, avalia Arag�o, � o fim do monop�lio da esquerda petista. “E o que pode at� deixar de fora do segundo turno. Agora, o que favorece a esquerda � o fato de que o centro tamb�m n�o se entende ainda”, analisa. A falta de uma grande lideran�a e de uma unanimidade compromete a aglutina��o de for�as ainda no primeiro turno. Na esquerda, os ataques de Lula e do PT �s institui��es afugenta o embarque de alguns aliados. No centro, amea�as judiciais a Temer e ao pr�-candidato do PSDB Geraldo Alckmin incentivam outras pr�-candidaturas.


Caso o cen�rio continue posto como est�, � poss�vel que o mais votado no primeiro turno n�o atinja nem 30% dos votos v�lidos, avalia o especialista em pol�tica brasileira S�rgio Pra�a, professor da Funda��o Getulio Vargas (FGV). “E todo o resto pode ficar com percentuais muito pr�ximos, de 15%, 11%, 10%, 8%, 4%”, sustenta.


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