
Na v�spera do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), o senador A�cio Neves (PSDB-MG) voltou a procurar a imprensa para tentar se defender da den�ncia contra ele.
Em conversa com jornalistas, nesta segunda-feira, A�cio questionou "ilegalidades" no processo, disse que a Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) "falseou" informa��es e que "acredita na dimens�o" dos ministros do STF, que podem torn�-lo r�u nesta ter�a-feira, 17. "Decis�o do STF se cumpre", disse.
Com a expectativa de que a Primeira Turma do STF vai aceitar a den�ncia nesta ter�a, A�cio declarou que "ningu�m transformado em r�u � considerado culpado a priori".
"Principalmente com as fragilidades dessas acusa��es, seja em rela��o � obstru��o de Justi�a ou em rela��o a esse empr�stimo que n�o envolveu dinheiro p�blico. Qualquer investiga��o vai mostrar que isso foi uma constru��o envolvendo Joesley e membros do Minist�rio P�blico", refor�ou.
Ele reclamou que n�o teria havido investiga��o no processo e tamb�m criticou a celeridade da elabora��o da den�ncia pela PGR, o que teria "impedido que confer�ncias sobre os fatos fossem feitas".
"O lament�vel � que a �nsia de punir impediu aquilo que � normal, o inqu�rito. Se tivesse havido investiga��es, minhas alega��es teriam sido comprovadas." Ele disse ainda que "se a Justi�a falta hoje a um, amanh� faltar� a outros".
O senador justificou a coletiva de imprensa, convocada na v�spera do julgamento por sua equipe, como uma forma de se contrapor com suas "armas" ao "tsunami" de informa��es que o atingiram. "Ningu�m foi lesado, a n�o ser eu e minha fam�lia."
A�cio afirmou ainda que suas tratativas com Joesley Batista, dono da JBS, sobre um empr�stimo de R$ 2 milh�es ocorreram entre pessoas "privadas" e que n�o envolveram dinheiro p�blico. "Qual empresa p�blica foi prejudicada (por conversas com Joesley)?", questionou A�cio.
O parlamentar disse que Joesley Batista, ao grav�-lo, tinha uma "encomenda clara" e recebeu benef�cios por ela (com o acordo de dela��o premiada). Tamb�m disse que, em trecho de outra conversa, os irm�os Batista afirmaram anteriormente que o senador nunca "fez nada" por eles.
Assim como j� havia afirmado em artigo publicado na Folha de S. Paulo, nesta segunda-feira, 16, A�cio disse que cometeu um erro, mas n�o cometeu qualquer irregularidade. "N�o ser�o 20 minutos de uma conversa infeliz que v�o definir minha hist�ria", declarou na coletiva de imprensa.