
Raquel Dodge est� em Paris desde quarta-feira, 25. Na quinta-feira, 26, ela participou de uma confer�ncia na Organiza��o para a Coopera��o e o Desenvolvimento Econ�mico (OCDE) sobre o financiamento do terrorismo, mas n�o falou com os jornalistas. Nesta sexta-feira, antes de reuni�o com a procuradora-geral francesa da Corte de Apela��es, Catherine Champrenault, a chefe da PGR confirmou que pretende contestar a decis�o do STF sobre os processos do s�tio de Atibaia e do Instituto Lula.
Segundo a procuradora, um estudo est� sendo realizado pela PGR, que no entanto ainda aguarda a publica��o do ac�rd�o da decis�o para definir "qual recurso � cab�vel" e "qual � o limite da impugna��o". Raquel Dodge reiterou que o tema � "uma de suas prioridades no retorno ao Brasil" e que seu desejo � entrar com o recurso. "O ajuizamento est� sendo estudado, (assim como) as possibilidades de haver recurso sobre o assunto", disse a procuradora. "A minha expectativa � de que caiba um recurso e que n�s consigamos apresentar um argumento cab�vel de ser examinado nessa fase processual e nessa situa��o."
Na ter�a-feira, 24, a Segunda Turma do STF decidiu por 3 votos a 2 retirar os trechos da dela��o de ex-executivos da construtora Odebrecht que constavam nos processos presididos por S�rgio Moro e pela Justi�a do Paran�. O principal argumento dos ministros Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes, que votaram a favor da transfer�ncia, foi que as informa��es obtidas com os ex-funcion�rios da Odebrecht n�o t�m rela��o com a corrup��o na Petrobras, e logo n�o poderiam ser usadas no quadro da Opera��o Lava Jato. Os ministros Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato, e Celso de Mello, votaram pela manuten��o das dela��es em Curitiba.
(Andrei Netto, correspondente)