Niter�i - O pr�-candidato do PDT � Presid�ncia da Rep�blica, Ciro Gomes, disse nesta ter�a-feira, 8, que o Brasil precisa ser "desinterditado" para voltar a crescer e se desenvolver. Ele afirmou que o Pa�s "n�o cabe" no debate que op�e "coxinhas" e "mortadelas". Com outros dez presidenci�veis, Ciro participou da 73ª Reuni�o Geral da Frente Nacional dos Prefeitos, realizada em Niter�i, no Grande Rio.
"O problema � t�o grave, t�o amea�ador, que � imposs�vel um dono da verdade chegar a Bras�lia e dizer deixo que eu resolvo. Todas as solu��es ser�o do�das. � preciso por em discuss�o sem dogma de f�. O trip� macro econ�mico virou algo indiscut�vel no Brasil", afirmou.
"Quando Fernando Henrique tomou posse, a carga tribut�ria era de 27% do PIB. A d�vida tinha levado 500 anos de hist�ria para se arredondar em 38% do PIB. Quando essa prostra��o neoliberal se imp�s ao Brasil, a d�vida foi para 78% do PIB, e o Brasil explodiu numa carga tribut�ria que subtrai os munic�pios dessas receitas", disse.
Ele ressaltou as dificuldades que as prefeituras ter�o com a PEC dos gastos p�blicos. "Chegamos ao limite de paroxismo. � a menor taxa de investimento da hist�ria do Brasil desde 1947 e com essa PEC haver� um garrote vil sobre a essencialidade dos custos das universidades, da sa�de. Os repasses da Uni�o v�o despencar, por uma maluquice que n�o tem precedente no mundo. � uma incongru�ncia est�pida que vamos ter que desmontar".
Ciro tamb�m defendeu a supera��o "do presidencialismo � brasileira". "O Brasil tem uma trag�dia acontecendo, e o lado bom � que o pacto federativo est� de tal forma rasgado, que temos condi��o tranquila de fazer uma grande reforma que saneie as contas e desinterdite o Brasil", disse. "N�s temos uma engenharia institucional que faz com que o Congresso, no presidencialismo, n�o tenha responsabilidade com a manuten��o dos servi�os p�blicos."
A reuni�o de prefeitos � o primeiro evento com m�ltiplos candidatos nesta fase de pr�-campanha eleitoral. Os presidenci�veis falam separadamente, depois de assistirem a um v�deo onde s�o mencionadas propostas discutidas pelos prefeitos nos �ltimos dias.
J� falaram Rodrigo Maia (DEM), �lvaro Dias (PODE), Geraldo Alckmin (PSDB), Guilherme Afif Domingos (PSD), Manuela D'�vila (PCdoB) e Marina Silva (REDE). Tamb�m falar�o Aldo Rebelo (SD), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB) e Paulo Rabello (PSC).
Foram convidados os candidatos mais bem posicionados nas pesquisas ou que s�o de partidos com pelo menos cinco parlamentares. O deputado Jair Bolsonaro (PSL) n�o compareceu e n�o justificou a aus�ncia, diante do questionamento da reportagem. O ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT), que est� preso, pediu para enviar um representante, mas a FNP n�o concordou. Ent�o Lula enviou uma carta � entidade.
Barbosa
Ap�s participar da 73ª Reuni�o Geral da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Ciro Gomes disse que ainda � 'muito cedo' para falar em alian�a com outros partidos. Ciro declarou respeitar a candidatura do ex-presidente Lula e pediu que fosse respeitada a tradi��o pol�tica do PSB, que hoje anunciou a desist�ncia do ex-ministro do STF Joaquim Barbosa de entrar na disputa.
"O PT tem candidato e eu respeito isso com minha alma e meu c�rebro. Chega de intriga", disse. Para Ciro, a presen�a de Barbosa na disputa era boa porque ele representa uma demanda por �tica que � de todos os brasileiros. Perguntado se a desist�ncia favorece mais a esquerda ou a direita, o pedetista disse n�o ser poss�vel saber.
"Ningu�m sabe porque ele n�o tinha se posicionado ainda. � uma pessoa que passou dois anos em hor�rio nobre (na TV), mas ainda n�o tinha se posicionado sobre economia, sobre desenvolvimento", disse.