
Em meio ao debate sobre a manuten��o da candidatura presidencial de Luiz In�cio Lula da Silva, preso e condenado em segunda inst�ncia, o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Admar Gonzaga, questionou nesta sexta-feira, 11, a possibilidade de um candidato ineleg�vel ter seu nome na urna e prosseguir fazendo campanha eleitoral durante o pleito.
"Conv�m � democracia que uma pessoa sabidamente ineleg�vel ... fique na urna, que ela prossiga a sua propaganda eleitoral? O Tribunal Superior Eleitoral tem um desafio", declarou o ministro, durante debate sobre o desafio das elei��es promovido pelo escrit�rio Bonini Guedes na capital paulista.
Ao fazer a declara��o, ele n�o mencionou o ex-presidente Lula ou outro pol�tico.
Em seguida, o ministro foi interrompido pelo advogado Luiz Fernando Casagrande Pereira, respons�vel pela elabora��o de um parecer jur�dico que cita ser poss�vel a manuten��o e at� a elei��o de Lula no pleito de outubro.
"Acho que n�o conv�m � democracia", afirmou o advogado. Ele ponderou, no entanto, que em alguns casos pol�ticos enquadrados na Lei da Ficha Limpa foram eleitos e tiveram sua inelegibilidade revertida ap�s as elei��es.
Gonzaga comentou, na sequ�ncia, que processos de pol�ticos andam mais r�pido na Justi�a. "Algumas vezes, processos est�o engavetados e s� o cara se apresentar como pol�tico que o processo come�a a andar com uma realidade mete�rica", disse.
O ministro citou a possibilidade de a Justi�a Eleitoral impugnar uma candidatura "de of�cio", ou seja, sem ser provocada pelo Minist�rio P�blico. Se houver um pedido, a quest�o se estende mais, afirmou.