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Estado de Minas

Presidente do PTB-SP, Campos Machado � alvo de inqu�rito

O deputado estadual Campos Machado � investigado por enriquecimento il�cito


postado em 17/05/2018 11:18 / atualizado em 17/05/2018 12:29

Bras�lia - Presidente do PTB paulista e um dos pol�ticos mais influentes de S�o Paulo, o deputado estadual Campos Machado � investigado por suspeita de enriquecimento il�cito pelo Minist�rio P�blico Estadual (MPE). O crime envolveria irregularidades como a devolu��o de sal�rio de servidores indicados por ele no governo do Estado e tamb�m na Assembleia Legislativa e o ressarcimento de gastos com loca��o de im�vel para seu escrit�rio pol�tico.

Um relat�rio de intelig�ncia do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), vinculado ao Minist�rio da Fazenda, aponta opera��es suspeitas envolvendo transa��es no valor de R$ 6,1 milh�es de contas banc�rias mantidas pelo parlamentar, por sua mulher, Marlene Machado, e pelo escrit�rio de advocacia do qual ele � s�cio.

Classificadas como "movimenta��es financeiras at�picas", as transfer�ncias ocorreram no per�odo que vai de 2008 a 2015, quando Campos Machado j� era deputado estadual - ele atualmente est� no s�timo mandato consecutivo.

As investiga��es est�o divididas em dois inqu�ritos na Promotoria do Patrim�nio P�blico e Social. Um deles foi aberto em janeiro pelo promotor Silvio Marques, com base no relat�rio do Coaf. Segundo o documento, o petebista movimentou R$ 3 milh�es em opera��es suspeitas entre janeiro de 2014 e mar�o de 2015 de uma conta conjunta com sua mulher, que foi candidata a senador pelo PTB nas elei��es de 2014.

O Coaf suspeitou da fragmenta��o de dep�sitos, em esp�cie, que seria feita para "dissimular" o valor total da movimenta��o banc�ria. No per�odo, Campos Machado retirou cerca de R$ 1,5 milh�o da conta. Entre os pagamentos, est� um cheque de R$ 50 mil destinado ao ex-deputado federal Roberto Jefferson, atual presidente nacional do PTB. Segundo Campos Machado, foi uma doa��o para pagar uma d�vida do correligion�rio com a Justi�a, que foi declarada em seu Imposto de Renda.

Escrit�rio

O Coaf tamb�m apontou como suspeita movimenta��o de R$ 3,1 milh�es envolvendo duas contas do escrit�rio de advocacia mantido por Campos Machado entre janeiro e agosto de 2008, ano em que ele foi candidato a vice-prefeito da capital paulista na chapa do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Do total, R$ 2,88 milh�es foram transferidos por uma empresa que comprou uma pedreira em Aruj�, na Grande S�o Paulo, em neg�cio intermediado pelo escrit�rio do petebista.

No mesmo per�odo, ainda de acordo com relat�rio do Coaf, foram debitados da conta R$ 2,44 milh�es - R$ 658 mil sacados em esp�cie, R$ 660 mil aplicados em um plano de previd�ncia privada, R$ 94,7 mil pagos pela compensa��o de cheques e R$ 874 mil transferidos para uma pessoa chamada Jayme Pinho J�nior. De acordo com o deputado, ele era representante da empresa que vendeu a pedreira.

Outro inqu�rito


O MPE apura se as movimenta��es financeiras consideradas suspeitas de Campos Machado t�m rela��o com den�ncia envolvendo o petebista, que � alvo de um segundo inqu�rito em andamento na Promotoria. A investiga��o feita pelo promotor Marcelo Milani apura den�ncia de que o pol�tico petebista cobrava devolu��o de parte do sal�rio de servidores indicados por ele na Secretaria Estadual de Justi�a e na Assembleia Legislativa.

Segundo a acusa��o, Campos Machado teria cerca de 160 cargos sob sua influ�ncia na Assembleia e o esquema movimentaria cerca de R$ 500 mil por m�s. A den�ncia cita ainda um esquema de funcion�rios fantasmas, notas frias para justificar gastos com a verba de gabinete, "venda de favores" no Judici�rio e desvio de recursos em conv�nios da Secretaria Municipal de Esportes, loteada ao PTB na gest�o Fernando Haddad (PT).

Nos governos Alckmin (2011-2018), a Secretaria de Justi�a ficou sob influ�ncia do petebista. Tanto o atual secret�rio, M�rcio Elias Rosa, ex-procurador-geral do MPE, como seu adjunto, Luiz Madureira, s�o indica��es do petebista. O inqu�rito sobre Elias Rosa foi arquivado em abril por falta ind�cios contra ele.

'Vingan�a'

O deputado estadual Campos Machado negou haver qualquer irregularidade nas movimenta��es financeiras apontadas pelo Coaf e disse que as investiga��es contra ele representam uma "vingan�a" por causa de uma proposta de emenda � Constitui��o (PEC) de 2013 que ele apresentou para impedir que promotores investiguem pol�ticos por atos de improbidade.

"Essas den�ncias j� foram objeto de apura��o em outro inqu�rito que foi arquivado pelo Minist�rio P�blico, porque n�o havia nada irregular. Reabrir o inqu�rito agora � um ato de vingan�a por causa da PEC. N�o tem nenhum fato novo", disse.

O petebista apresentou � reportagem a c�pia de um of�cio que enviou em dezembro de 2015 ao ent�o procurador-geral de Justi�a, M�rcio Elias Rosa, rebatendo cada uma das acusa��es. O inqu�rito foi arquivado e, em 2016, Elias Rosa foi indicado por ele para ser secret�rio de Justi�a.

Campos Machado afirmou que j� justificou todas as transa��es e que j� prestou contas � Receita Federal. Ele classificou como "absurda" a acusa��o de recolher sal�rio de servidores indicados. "Os funcion�rios eram filiados ao PTB e faziam doa��es volunt�rias, de uma quantia irris�ria, R$ 300, que iam para a conta do partido. Tudo de acordo com o estatuto do partido e dentro das normas do TSE", disse.


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