O pr�-candidato do PSL � Presid�ncia da Rep�blica, deputado Jair Bolsonaro (RJ), foi vaiado nesta quarta-feira, 23, duas vezes durante sabatina na Marcha a Bras�lia em Defesa dos Munic�pios, organizada pela Confedera��o Nacional dos Munic�pios (CNM). Ele foi o primeiro dos pr�-candidatos a ser hostilizado pela plateia, por ter dado respostas consideradas curtas e n�o se aprofundado no tema em debate.
Bolsonaro respondia a quest�es da pauta municipalista, como repasses de verbas para Sa�de, Educa��o e Saneamento B�sico e tamb�m se firmaria compromisso de receber os representantes dos munic�pios a cada tr�s meses.
Na segunda onda de vaias, ele subiu o tom de voz: "Quem tiver ideias, por favor, me procure. N�o vim aqui para dizer que sou melhor do que os outros. N�o tem solu��o f�cil. N�o tem espa�o aqui para gente que, na base do grito e do gog�, diz que vai resolver".
O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, ponderou que Bolsonaro poderia virar presidente e que todos os partidos estavam representados no plen�rio - em refer�ncia aos prefeitos. "Vamos respeitar e evitar a intoler�ncia", disse.
Ao iniciar sua participa��o no palco, o deputado avisou que estava "segurando os ataques" que recebe, desde que assumiu a pr�-candidatura. Ele considera que a campanha ser� marcada por um "vale-tudo". "Meu pavio foi curto no passado, cresceu agora", disse o capit�o da reserva do Ex�rcito.
Aos prefeitos, Bolsonaro sugeriu a extin��o do Minist�rio das Cidades, "alvo de cobi�as e luta fratricida dentro do Parlamento", segundo ele. Ele prop�e que o governo federal repasse direto os recursos para as prefeituras, sem intermedia��o da pasta. "Quero ficar s�bado e domingo na praia. Se n�o desburocratizar e mandar o dinheiro direto para os senhores isso n�o ser� poss�vel", disse o parlamentar.
Bolsonaro ainda disse que verifica com sua equipe econ�mica se ser� poss�vel reduzir impostos, mesmo sabendo que os prefeitos v�o "chiar". "Aumentar impostos n�o passa pela minha cabe�a", afirmou.
(Felipe Fraz�o)