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Estado de Minas

Maior parte dos sites n�o recebe doa��o


postado em 02/06/2018 07:54

S�o Paulo, 02 - Duas semanas depois de iniciada a arrecada��o virtual para as campanhas eleitorais, apenas parte do total de sites autorizados para as chamadas vaquinhas online (crowdfunding) j� pode receber doa��es. A maioria das plataformas aprovadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ainda est� em fase de adapta��o e desenvolvimento. O Estado verificou que n�o h� regularidade na transpar�ncia das informa��es dispon�veis sobre as doa��es. Ao menos 18 sites funcionam como venda deste servi�o para potenciais candidatos, sendo que uma plataforma apresenta postulantes fict�cios.

Esta � a primeira vez que a modalidade de financiamento coletivo � utilizada oficialmente nas elei��es. Pela nova legisla��o, pr�-candidatos a qualquer um dos cargos em disputa poder�o arrecadar, mas n�o gastar os recursos obtidos exclusivamente pela internet at� o in�cio da campanha, em 15 de agosto. Se a candidatura n�o for confirmada, o valor doado tem de ser devolvido ao doador.

Em duas semanas, pelo menos 350 pr�-candidatos no Brasil arrecadaram aproximadamente R$ 630 mil (valor contabilizado at� o fim da tarde de ontem) por meio das vaquinhas online. O montante dobrou em rela��o � primeira semana. Dos potenciais candidatos, cerca de 840 j� possuem campanhas de financiamento coletivo abertas nesses sites oficiais.

Respons�vel pela vaquinha online de Marcelo Freixo (PSOL) nas elei��es municipais de 2016, o consultor de crowdfunding Felipe Caruso avalia como positivo o desempenho das contribui��es at� o momento.

�O financiamento coletivo � um novo espa�o de participa��o pol�tica. Estamos num processo de constru��o. O movimento tende a crescer depois da Copa do Mundo. Acreditamos que a maior parte da arrecada��o vir� no per�odo eleitoral�, disse Caruso.

A concentra��o de candidatos em poucas plataformas de financiamento � uma tend�ncia observada pelos especialistas. At� ontem, o site Vakinha agregava 66% dos candidatos com campanha de arrecada��o online aberta. Segundo Caruso, os candidatos tendem a participar da mesma plataforma que os demais correligion�rios.

�Fict�cios�. Na an�lise do total de 41 sites autorizados pela Justi�a Eleitoral, sete s�o plataformas destinadas a outros servi�os como ofertas de solu��es cont�beis e at� escrit�rios de projetos. Um dos endere�os aprovados ainda est� em constru��o.

O capytar.br apresenta pr�-candidatos n�o existentes e registrava ontem um valor arrecadado de R$ 1,4 milh�o. O Estado efetivou uma doa��o, no valor de R$ 25, para teste da plataforma.

Em contato com a Maxximu Loca��o e Servi�os Ltda., administradora da capytar.br, a empresa afirmou que a plataforma � ainda um demonstrativo para viabilizar a comercializa��o do servi�o para futuros candidatos. �Ainda estamos em fase de negocia��o, apresentando a plataforma para poss�veis candidatos. N�o iniciamos a capta��o efetivamente. S�o perfis de candidatos fict�cios�, disse Rubens Santana, gestor da capytar.br. Segundo ele, os valores de contribui��o divulgados no site s�o apenas �ndices para demonstrar o seu funcionamento.

No dia seguinte, a capytar.br atualizou o site, informando aos usu�rios que tratam-se de candidatos fict�cios e que n�o podem ser realizadas doa��es. O Estado recebeu um comunicado da empresa lamentando o �inconveniente� e informando que o valor da doa��o seria estornado. Em nota, o diretor financeiro da capytar.br, Roberto dos Santos, afirmou que seriam tomadas provid�ncias para que o �problema t�cnico n�o ocorra novamente�.

Procedimentos. Consultado sobre a situa��o do sistema de arrecada��o online, o TSE informou que �a an�lise de autoriza��o � realizada sobre as informa��es e documentos cadastrais apresentados pelas empresas�. O Tribunal ressaltou ainda que �a autoriza��o para funcionamento n�o confere chancela quanto � idoneidade e adequa��o de procedimentos e sistemas utilizados pelas empresas na capta��o de doa��es para campanhas�.

Ainda h� 30 sites com os pedidos de autoriza��o sob an�lise do TSE. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.

(Geovanna Gravia e Isadora Duarte, especiais para AE)


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