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Estado de Minas

Na Copa, pr�-candidatos devem torcer para o Brasil longe do eleitor


postado em 10/06/2018 09:24

S�o Paulo, 10 - O placar avassalador da vit�ria alem� sobre a sele��o brasileira nas semifinais da Copa do Mundo de 2014 se transformou em uma esp�cie de met�fora, uma imagem usada com frequ�ncia para explicar nossas piores mazelas. Nada resume melhor o sentimento de frustra��o do que a express�o "nosso eterno 7 a 1".

Na pol�tica, claro, o "7 a 1" continua impregnado em cada desdobramento da Opera��o Lava Jato - e a cada novo caso de corrup��o revelado pelo notici�rio. Al�m disso, os s�mbolos ligados � Copa tamb�m sofreram um desgaste consider�vel. � o caso da camisa da sele��o brasileira, que desde os protestos pelo impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff virou um carimbo ideol�gico - principalmente no embate entre "coxinhas" e "mortadelas".

N�o � toa, os pr�-candidatos devem torcer neste ano de forma discreta, em ambientes controlados e longe do eleitorado/torcedor. Ao serem questionados sobre agendas p�blicas durante os jogos do Brasil, eles foram praticamente un�nimes em suas respostas: os jogos ser�o assistidos na companhia de parentes.

A assessoria do deputado Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que nenhuma agenda p�blica ser� marcada para os dias de jogos do Brasil. O pr�-candidato Fl�vio Rocha (PRB) segue a mesma linha e diz que durante os jogos vai "parar para torcer para o Brasil".

Os outros pr�-candidatos deram respostas parecidas. Geraldo Alckmin (PSDB), Henrique Meirelles (MDB), Alvaro Dias (Podemos), Ciro Gomes (PDT), Guilherme Boulos (PSOL), Manuela D'�vila (PCdoB), Rodrigo Maia (DEM), Jo�o Amoedo (Novo) e Levy Fidelix (PRTB) n�o t�m previs�o de agendas p�blicas para os dias de jogos do Brasil - ainda que todos admitam que a campanha e suas tratativas continuar�o durante o per�odo do evento esportivo. Marina Silva (Rede) n�o se manifestou.

Para o soci�logo Rog�rio Baptistini (Mackenzie), "n�o existe clima para pol�ticos tentarem 'aparecer' durante a Copa". Segundo o professor, os pr�-candidatos t�m optado por apari��es p�blicas controladas. "O evento est� manchado pela crise pol�tica. Os pr�-candidatos n�o querem ficar expostos a vaias e xingamentos", disse.

Para o jornalista, historiador e editorialista do jornal

O Estado de S. Paulo

Marcos Guterman, autor do livro O Futebol Explica o Brasil: Uma Hist�ria da Maior Express�o Popular do Pa�s (Editora Contexto), ainda � cedo para afirmar que os pr�-candidatos se manter�o distantes da sele��o brasileira. "Os estrategistas de campanha est�o aguardando. Se a sele��o for bem, o futebol vai animar e apaixonar o eleitorado. A partir da�, vamos ter uma disputa pela narrativa da sele��o."

O professor de curso de p�s-gradua��o sobre a hist�ria sociocultural do futebol, Fl�vio de Campos (USP) n�o descarta uma tentativa de uso pol�tico de nossa �nica unanimidade: o t�cnico Tite, que j� recha�ou, em entrevistas, qualquer aproxima��o com o universo pol�tico. "Se a sele��o avan�ar, jogar bem, podemos assistir � disputa pelo maior s�mbolo dessa Copa, que hoje � o t�cnico Tite", disse Campos. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.

(Gilberto Amendola)


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