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Estado de Minas

Arrependidos, deputados agora coletam assinaturas para barrar CPI da Lava Jato


postado em 19/06/2018 21:06

Bras�lia, 19 - Ap�s repercuss�o negativa, deputados come�aram a coletar assinaturas para impedir a cria��o de uma Comiss�o de Inqu�rito Parlamentar (CPI) com foco na Opera��o Lava Jato. A instala��o da CPI foi proposta pelo l�der do PT, deputado Paulo Pimenta (RS), ap�s den�ncias de irregularidades relacionadas a dela��es premiadas fechadas no �mbito da investiga��o.

O requerimento foi apresentado no plen�rio no dia 30 de maio e contou com o apoio de 190 deputados. Al�m do PT, l�deres de outros partidos com nomes atingidos pela Lava Jato, como o MDB, PP e o PR, tamb�m apoiaram a iniciativa.

Durante todo o dia, mais de 40 deputados apresentaram pedidos para que suas assinaturas fossem retiradas do requerimento, mas foram informados pela Secretaria Geral da Mesa da C�mara que, como documento j� havia sido protocolado na Casa, isso n�o poderia acontecer.

A sa�da, no entanto, seria que metade mais um dos deputados que assinaram o pedido, isto �, 96 parlamentares, teriam que apresentar um novo requerimento, para derrubar a validade do anterior.

A coleta de assinaturas foi comandada pelo deputado J�lio Delgado (PSB-MG), que alegou que, apesar de ter assinado o primeiro requerimento, seu objetivo nunca foi "acabar" com a Lava Jato, e sim apurar supostas irregularidades. Ele, no entanto, disse que tomou a iniciativa para n�o "pairar d�vidas" de que apoiava as investiga��es. At� as 20h, dizia ter levantado 50 assinaturas.

Durante todo o dia, o presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), n�o se manifestou sobre o assunto. Ao ser questionado pelo Estad�o/Broadcast se daria o aval para instalar a comiss�o, ignorou a pergunta. Ao todo, oito pedidos de cria��o de CPI est�o paradas na C�mara, entre elas uma que tem a finalidade de investigar as doa��es de campanhas feitas pelo Grupo JBS.

J� o l�der do PT na C�mara foi diversas vezes � tribuna criticar a desist�ncia dos colegas de apoiar a investiga��o. "Infelizmente os deputados se acovardaram", disse. Para Pimenta, as den�ncias que surgiram sobre a venda de "prote��o" em dela��es premiadas por parte de advogados e delatores � "muito grave" e essas quest�es precisam ser investigadas.

Ele tamb�m classificou como "rid�culo" o argumento de que o PT articulou a cria��o da CPI como uma retalia��o ao Poder Judici�rio ap�s a pris�o do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. "Esse argumento tem sido utilizado para n�s n�o termos no Brasil uma lei de abuso de autoridade, para n�o impedir a condu��o coercitiva, e at� para barrar a discuss�o sobre o teto salarial.

Dela��es

Os pontos de partida para a comiss�o s�o as dela��es dos doleiros Vin�cius Claret, o Juca Bala, e Cl�udio de Souza, integrantes do esquema comandado por Dario Messer, chamado de "doleiro de todos os doleiros". Nas dela��es, reveladas pelo jornal O Estado de S. Paulo, eles acusam o advogado Antonio Figueiredo Basto, um dos maiores especialistas do Pa�s em colabora��es premiadas, de cobrar uma "taxa de prote��o" de US$ 50 mil mensais (cerca de R$ 185 mil) de outros integrantes do esquema entre 2005 e 2013.

O dinheiro, segundo pessoas que acompanham o caso, seria para proteger outros participantes de futuras dela��es. Em 2004, Basto intermediou a colabora��o do doleiro Alberto Youssef no caso Banestado. Homologada pelo juiz S�rgio Moro, foi a primeira dela��o premiada do Brasil nos moldes atuais. Basto nega a acusa��o.

(Isadora Per�n)


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