Em BH, presidenci�veis adotam discurso de prefeito

Em 16 minutos cada, pr�-candidatos � Presid�ncia da Rep�blica tiveram o desafio de conquistar o voto de prefeitos e representantes de munic�pios mineiros no Congresso Mineiro de Munic�pios, que come�ou ontem no Mineir�o, em Belo Horizonte. Para isso, trataram de lembrar de suas trajet�rias como prefeitos ou vereadores, al�m de falar sobre o que todo administrador municipal deseja escutar: o compromisso de tirar as prefeituras da crise, aumentar a receita dos cofres p�blicos e a autonomia deles em rela��o aos estados e � Uni�o. Hoje, o evento traz painel com pr�-candidatos ao governo de Minas.

Seis pr�-candidatos ao Pal�cio do Planalto participaram do painel, que teve momentos quentes, com vaias e aplausos. Ciro Gomes (PDT) protagonizou um deles. O presidenci�vel se irritou com a organiza��o do evento, reclamando do pouco tempo para falar, e acabou deixando o palco antes da hora. Chegou aplaudido e saiu vaiado e, na breve passagem, exaltou seu tempo como prefeito de Fortaleza, no fim da d�cada de 1980, e citou que o pai e irm�os tamb�m comandaram administra��es municipais.


Antes dele, abrindo o painel, o senador �lvaro Dias (Podemos-PR), que se anuncia como municipalista de carteirinha, ressaltou a necessidade de rever o pacto federalista. De acordo com o pacto, que determina a divis�o do dinheiro arrecadado com impostos, 58% do montante � destinado para a Uni�o, 24% para os estados e 18% aos munic�pios. Essa tamb�m foi a defesa do ex-governador de S�o Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), que chegou acompanhado do senador Antonio Anastasia, candidato ao governo de Minas pelo partido.

Aplaudido ao subir no palco, Alckmin fez quest�o de se apresentar como ex-prefeito de Pindamonhangaba (SP), na defesa de pauta municipalista. “Todo mundo est� sem dinheiro e, para ter dinheiro, � preciso ter investimento. Por isso, a necessidade de uma reforma pol�tica e tribut�ria para descentralizar as compet�ncias”, afirmou. Alckmin encerrou sua fala exaltando que o “s�culo 21 � das cidades”.

A pr�-candidata Marina Silva (Rede), acompanhada pelo vice-prefeito de BH, Paulo Lamac, e do pr�-candidato ao governo de Minas Jo�o Batista dos Mares Guia, lembrou de sua atua��o como vereadora em Rio Branco e criticou que, nas atuais circunst�ncias, prefeitos precisam “viver de mesada”, ao defender a necessidade de novo pacto federativo. Marina, que disputou as elei��es presidenciais de 2014, foi a mais aplaudida entre os presidenci�veis. “Aqueles que trouxeram o pa�s para essa crise n�o v�o resolver o problema. Quero juntas as pessoas para serem a favor do municipalismo”, ressaltou.

MEIRELLES Ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (MDB) classificou a reforma tribut�ria como sua primeira grande medida, caso seja escolhido pela popula��o brasileira para o cargo de presidente da Rep�blica. O candidato sinalizou que pretende redistribuir os impostos do Brasil para que o pa�s se recupere da “pior crise de sua hist�ria”. Acompanhado de claque com faixas “#Chama o Meirelles”, ele ressaltou a necessidade do governo aumentar o repasse de recursos aos munic�pios.

As f�rmulas econ�micas para tirar o Brasil da crise tamb�m foram a �nfase da fala do presidenci�vel Paulo Rabello de Castro (PSC), ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES). Confirmado no evento, o empres�rio Guilherme Afif (PSD) n�o compareceu. O deputado federal Reginaldo Lopes (PT) representou o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT), que � pr�-candidato ao Pal�cio do Planalto e est� preso na Superintend�ncia da Pol�cia Federal em Curitiba desde 7 de abril.