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Estado de Minas ELEI��ES 2018

PSDB faz da distribui��o de cargos moeda de troca para disputa eleitoral

Jo�o Doria e M�rcio Fran�a t�m usado as m�quinas da Prefeitura e do governo, respectivamente, em troca de apoio e maior tempo nos programas na TV e no r�dio


postado em 25/06/2018 08:12 / atualizado em 25/06/2018 09:45

Doria conseguiu apoio do PP para a disputa ao governo de Sã Paulo(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
Doria conseguiu apoio do PP para a disputa ao governo de S� Paulo (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)

S�o Paulo - Aliado do ex-governador e presidenci�vel tucano Geraldo Alckmin, o governador e pr�-candidato � reelei��o M�rcio Fran�a (PSB) � alvo de um ataque especulativo do PSDB a menos de um m�s do in�cio das conven��es partid�rias. No momento em que o PSB nacional descarta apoiar Alckmin e negocia subir no palanque do PT ou de Ciro Gomes (PDT), o grupo do ex-prefeito e tamb�m pr�-candidato ao governo Jo�o Doria tenta atrair partidos do centro, oferecendo cargos na Prefeitura e apoio a deputados do grupo nas elei��es proporcionais, em busca de uma sonhada vit�ria no primeiro turno.

A ofensiva j� deu resultado. Na sexta-feira, o PP trocou Fran�a por Doria e acendeu um alerta na campanha de reelei��o do governador de que outras siglas atualmente coligadas podem seguir pelo mesmo caminho. A interlocutores, Fran�a admite que o risco existe, mas em rela��o �s siglas menores, que n�o mudariam a composi��o que hoje representa 25% do tempo fixo na TV.

Fran�a conta com a fidelidade de lideran�as do PR, PTB, Solidariedade, PSC e PROS. S�o essas siglas que somadas ao PSB lhe asseguram 2 minutos e 18 segundos - Doria tem 2 minutos e 59 segundos. "Podem me tirar uma flor, mas n�o podem impedir a primavera", afirmou neste domingo, 24, o governador ao jornal

O Estado de S. Paulo, em refer�ncia a sua campanha. Segundo ele, Doria sabe que ter� de enfrent�-lo no segundo turno.

Na lista de partidos que podem mudar de lado est�o o PPS, rachado internamente sobre a elei��o estadual, e o PHS, levado para o governo por Fran�a - o presidente nacional da sigla, La�rcio Benko, virou assessor na Casa Civil. "Nada impede o partido de reabrir o debate. O PPS pode mudar de posi��o, por que n�o? Avalio que � precipitado esse apoio ao M�rcio Fran�a", disse Carlos Fernandes, presidente municipal do PPS e funcion�rio da gest�o do prefeito Bruno Covas (PSDB), sucessor de Jo�o Doria na administra��o da cidade. Fernandes � prefeito regional da Lapa.

Apoio


Em meio a esse cen�rio, Doria e Fran�a t�m usado as m�quinas da Prefeitura e do governo, respectivamente, em troca de apoio e maior tempo nos programas na TV e no r�dio.

Ap�s ingressar na coliga��o do tucano, o PRB, por exemplo, recebeu o compromisso de indicar o novo secret�rio municipal de Esportes. Covas deve nomear Jo�o Faria para o cargo no pr�ximo dia 1.º. Ex-vereador petista, Faria vai assumir no lugar de Jorge Dami�o, que vai participar da campanha.

Presidente municipal do PRB, Aildo Rodrigues confirmou no domingo que o acordo foi fechado ap�s a declara��o oficial do partido em favor de Doria. "Foi uma composi��o do PRB estadual com o governo municipal. Tem a ver com o apoio ao Doria, sim", disse ele.

O PP tamb�m pode ser recompensado pela m�quina municipal. Uma das possibilidades � que a sigla assuma a Secretaria de Seguran�a Urbana. "Seria natural que o partido participasse do governo depois do tempo de TV que cedemos ao Doria. Ali�s, n�o s� agora, como na campanha dele para a Prefeitura. O PP poderia ajudar na Seguran�a, reestruturando a Guarda Municipal, por exemplo. O PSDB tem de mudar sua filosofia em rela��o � Pol�cia e � Guarda. N�o � � toa que o Alckmin est� perdendo para (Jair) Bolsonaro em S�o Paulo", afirmou o vereador Conte Lopes (PP).

Presidente estadual do PP, o deputado estadual Guilherme Mussi nega que o partido tenha negociado cargos na Prefeitura ou mesmo no governo estadual - um dos motivos que teriam levado a sigla a mudar de lado teria sido a demora do governador em atender aos pedidos de indica��o para dire��es de departamentos estaduais, especialmente na Pol�cia Civil. Mussi chegou a anunciar apoio � reelei��o do governador, mas uma semana depois fez novo evento, desta vez ao lado de Doria.

Primeiro partido a se definir em S�o Paulo, o PR assumiu a Secretaria Estadual de Log�stica e Transportes depois de Fran�a virar governador. A sigla pleiteava o cargo durante o governo Alckmin, mas s� foi atendida por Fran�a, que ainda permitiu a integrantes do partido nomearem toda a diretoria da Dersa, respons�vel por algumas das maiores obras do governo, como o trecho norte do Rodoanel e a duplica��o da Tamoios.

Tamb�m aliados, Gilberto Nascimento J�nior (PSC) virou secret�rio estadual do Desenvolvimento Social, enquanto Cac� Camargo (PROS) assumiu a �rea de Esportes. J� o DEM perdeu a Secretaria de Habita��o no dia seguinte ao an�ncio de apoio a Doria. O governo nega ter feito loteamento do setor e diz que "as indica��es n�o s�o partid�rias, e sim t�cnicas, com profissionais experientes."

Procurada, a Prefeitura informou que tamb�m n�o existe rela��o entre as nomea��es e as elei��es. "A Prefeitura ressalta que preenche suas nomea��es com nomes capacitados para os cargos que ocupam." Doria n�o quis se manifestar.

Acusa��es

Ex-aliados em S�o Paulo, o PSB e o PSDB hoje trocam acusa��es sobre uso da m�quina nas elei��es estaduais. A rela��o entre os dois partidos no Estado se deteriora a cada dia e deixa o ex-governador e presidenci�vel Geraldo Alckmin em uma situa��o delicada.

Os tucanos pressionam Alckmin a priorizar o ex-prefeito Jo�o Doria (PSDB) na disputa estadual, enquanto os pessebistas j� admitem que Alckmin deve deixar o governador M�rcio Fran�a, seu sucessor, em segundo plano.

"Quando Alckmin disse que o candidato dele � o Doria, ficou claro que ele vai acabar aparecendo ao lado do ex-prefeito. Ele tamb�m n�o pode aparecer ao lado do meu pai no hor�rio eleitoral da TV", disse o deputado estadual Caio Fran�a (PSB), filho do governador.

Segundo o parlamentar, o PSDB acusa o PSB de usar a m�quina para fins eleitorais, mas ele diz que essa seria uma pr�tica dos tucanos "h� 20 anos". "Chega a ser esdr�xulo o PSDB nos acusar de algo que fazem h� 20 anos no governo e continuam fazendo na Prefeitura." Para Caio Fran�a, n�o h� problemas em indicar integrantes de partidos aliados desde que eles sejam qualificados.

J� o l�der do PSDB na Assembleia Legislativa, deputado Marco Vinholi afirma que Fran�a montou sua coliga��o "cedendo espa�os" no governo e, por isso, n�o consegue mais governar. "Por alian�as, ele abriu m�o de cargos que nunca entraram em negocia��o pol�tica, como a secretaria de Transportes, que hoje est� com o PR", afirmou o tucano.

Questionado se a mesma pr�tica estaria ocorrendo na administra��o municipal, que � comandada pelo tucano Bruno Covas, Vinholi disse que os dois casos s�o diferentes.

"Na Prefeitura, h� um modelo de gest�o. Ele est� compondo com a C�mara alian�as de governabilidade. J� as alian�as de M�rcio Fran�a s�o meramente eleitorais", afirmou.

O l�der do PSDB disse ainda que mais partidos que integram a coliga��o do atual governador podem migrar para Doria. "N�o acredito que isso vai acontecer. Pelo contr�rio. Muitos tucanos defendem a nossa candidatura", respondeu o deputado Caio Fran�a.


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