
A Pol�cia Federal pediu nesta quinta-feira, 28, ao ministro Lu�s Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), uma nova prorroga��o de 60 dias das investiga��es no �mbito do inqu�rito do Decreto dos Portos.
O processo tem como alvo o presidente da Rep�blica Michel Temer e apura seu envolvimento na edi��o de medidas que poderiam ter beneficiado empresas do setor portu�rio.
Esta � a terceira vez que a PF pede a prorroga��o das investiga��es. O inqu�rito investigava inicialmente, al�m de Temer, Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), ex-assessor do presidente e ex-deputado federal, Ant�nio Celso Grecco e Ricardo Conrado Mesquita, respectivamente, dono e diretor da Rodrimar.
Ao longo da apura��o, entraram tamb�m na mira Jo�o Baptista Lima Filho, o coronel Lima, amigo pessoal do presidente, e executivos do Grupo Libra. Todos negam envolvimento em irregularidades.
Investiga��o
Na semana passada, Barroso atendeu ao pedido da procuradora-geral da Rep�blica, Raquel Dodge, e autorizou a inclus�o da colabora��o premiada do corretor L�cio Funaro no inqu�rito.
Com a inclus�o formal no inqu�rito, a dela��o de Funaro poder� ser usada para corroborar as investiga��es em curso e fundamentar uma eventual terceira den�ncia contra o presidente.
Al�m de ampliar o rol de investigados, o inqu�rito tamb�m passou a apurar a atua��o do grupo pol�tico de Temer em fatos anteriores ao decreto, mas tamb�m relacionados ao setor portu�rio.
A inclus�o do acordo de Funaro refor�a essa nova linha de investiga��o uma vez que ele aborda fatos relacionados � edi��o da Medida Provis�ria 595/2013, conhecido como MP dos Portos.
Segundo Funaro, por causa da rela��o de Temer com empresas que atuam no Porto de Santos, o ent�o vice-presidente influenciou "diretamente" a aprova��o da norma.
"Eu acho que ele (Temer) deve ter feito pedidos para que o Cunha (ex-deputado federal Eduardo Cunha), que era quem conduzia o processo, protegesse quem era do interesse deles", afirmou Funaro.