
O relat�rio da Pol�cia Federal (PF) que pede a prorroga��o do prazo para concluir as investiga��es do inqu�rito dos portos traz a informa��o de que a empresa Argeplan, do coronel aposentado da Pol�cia Militar de S�o Paulo Jo�o Batista Lima, teve a estrutura usada para demandas “p�blicas e privadas” de Temer.
O texto, assinado pelo delegado Cleyber Malta Lopes, da Pol�cia Federal, foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) com o pedido de mais 60 dias para conclus�o dos trabalhos.
“Os elementos colhidos indicam que a Argeplan e sua estrutura financeira e funcional por diversas vezes foi colocada em atendimento de demandas da vida p�blica e privada do excelent�ssimo presidente Temer”, afirma o delegado.
O coronel Jo�o Batista Lima e o presidente Michel Temer s�o investigados no inqu�rito que apura irregularidades na edi��o do chamado Decreto dos Portos, que teria beneficiado empresas do setor em troca do pagamento de propinas.
Ainda no relat�rio, o delegado Cleyber Malta alega que “h� ind�cios robustos” de que as medidas editadas por Temer “extrapolavam a regularidade, estendendo benef�cios ilegais �s empresas concession�rias do setor portu�rio”.
Esta � a terceira vez que a PF pede a prorroga��o das investiga��es. O inqu�rito investigava inicialmente, al�m de Temer, Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), ex-assessor do presidente e ex-deputado federal, Ant�nio Celso Grecco e Ricardo Conrado Mesquita, respectivamente, dono e diretor da Rodrimar.
Ao longo da apura��o, entraram tamb�m na mira Jo�o Baptista Lima Filho, o coronel Lima, amigo pessoal do presidente, e executivos do Grupo Libra. Todos negam envolvimento em irregularidades.