Com a pr�-candidatura de Henrique Meirelles (MDB) no plano nacional, que tateia em busca de alian�as e luta para se desvencilhar da heran�a pol�tica de Michel Temer (MDB), tamb�m em Minas o MDB busca o seu rumo.
A poucas semanas de se abrir o prazo das conven��es partid�rias para a escolha e registro das candidaturas, h� na legenda quem defenda a candidatura pr�pria numa alian�a forte.
Mas h� tamb�m quem esteja mais interessado na aprova��o, durante a conven��o partid�ria, ainda sem data para ocorrer, da delega��o de poderes � Executiva para conduzir a forma��o da chapa e as coliga��es. S�o muitas as hip�teses de composi��o, – do PT ao DEM, passando pelo PSB. A pior delas, n�o ser� estar mal acompanhado. Mas, antes, estar s�.
De olho em alian�as que se traduzam em maior probabilidade de reelei��o dos 13 deputados estaduais e cinco federais, os parlamentares t�m pressa. Querem defini��es e deram ultimato ao presidente da legenda em Minas, o vice-governador Ant�nio Andrade, para apresentar at� 15 de julho a chapa com coliga��o proporcional contendo os nomes dos pr�-candidatos de todos os partidos, tanto para a Assembleia Legislativa quanto para a C�mara dos Deputados.
“Todos s�o a favor da candidatura pr�pria. Mas n�o de uma candidatura pr�pria fajuta. Cada pr�-candidato tem de trazer a sua proposta de coliga��es, afirma o deputado federal Newton Cardoso Filho (MDB).
“Acho que a candidatura pr�pria do MDB � competitiva”, afirma Ant�nio Andrade, que se lan�ou pr�-candidato ao governo de Minas, assim como o presidente da Assembleia, Adalclever Lopes.
Segundo Andrade, ao Senado disputam a indica��o do partido o deputado federal Leonardo Quint�o, o seu pai e ex-prefeito de Ipatinga Sebasti�o Quint�o, al�m do ex-prefeito de Juiz de Fora Bruno Siqueira. “A conven��o dir�”, afirma Ant�nio Andrade, acrescentando que ainda n�o h� datas.
“O MDB vai apresentar proposta ao estado”, garantiu ontem Adalclever Lopes, presidente da Assembleia, em Sete Lagoas, que reiterou a sua pr�- candidatura ao governo de Minas. Ele cita a capilaridade da legenda no estado, sugerindo a for�a da legenda: “Somos hoje quase 300 prefeitos e vice-prefeitos em Minas e 1.059 vereadores”.
Entre os 13 deputados estaduais e cinco federais a quest�o mais central e mais importante � a pol�tica de alian�as e os candidatos das chapas proporcionais.
As duas vari�veis s�o cruciais na disputa � Assembleia e � C�mara: podem aumentar a probabilidade de reelei��o ou deixar os atuais parlamentares sob a chuva a apenas tr�s meses do pleito.
N�o � toa, se as chapas n�o convencerem, os deputados federais pretendem, conforme assinalaram em manifesto p�blico, ir a campo em busca do tempo perdido e de interlocu��o com os principais pr�-candidatos de outros partidos. E, neste momento, h� articula��es em todas as dire��es.
Alian�as
Nas bancadas estadual e federal h� quem trabalhe com a hip�tese de PT e MDB se acertarem, sonhando com uma composi��o com o empres�rio Josu� Gomes da Silva (PR).
“H� uma alian�a que seria imbat�vel. Josu� Gomes da Silva poderia encabe�ar a chapa, o seu vice seria Adalclever – ou o vice-presidente da C�mara, Fabinho Lideran�a – e a ex-presidente Dilma Rousseff sairia para o Senado. Mas esta � uma articula��o que dependeria da posi��o personal�ssima de Fernando Pimentel”, diz um deputado federal.
Pelo momento, os fatos n�o alimentam essa ideia: nem Pimentel est� disposto a desistir e tampouco Josu� tem clareza se de fato vai disputar as elei��es. O empres�rio � considerado um coringa, que poder� vir a integrar tanto a disputa nacional quanto a estadual, e agora est� filiado a uma legenda com a qual o PT tem mais facilidade para composi��o.
H� tamb�m conversas entre o MDB e o pr�-candidato do DEM, o deputado federal Rodrigo Pacheco, ele pr�prio um ex-emedebista. Pacheco saiu do MDB porque n�o identificou na antiga legenda condi��es para viabilizar o seu nome ao governo de Minas. “Trabalhamos para que o Rodrigo Pacheco seja vice do Adalclever”, diz Newton Cardoso Filho.
Ocorre, contudo, que a candidatura de Rodrigo Pacheco avan�a de forma irrevers�vel, com apoios confirmados do PP, Avante, PEN e PMB, tendo, inclusive, j� anunciado para vice em sua chapa Ana Paula Junqueira (PP).
Segundo o deputado Newton Cardoso Filho, outra poss�vel articula��o de seu partido � Marcio Lacerda. “Existe a conversa de que ele venha a ser vice na chapa do Ciro Gomes.
Se isso ocorrer, abre-se nova janela em Minas para o PSB apoiar o candidato pr�prio do MDB”, afirma o parlamentar, desconsiderando que, caso a uni�o nacional do PDT com o PSB se confirme – e na semana passada deu um passo nessa dire��o –, � mais prov�vel que, em Minas, o partido de Lacerda trabalhe composi��es que fortale�am a candidatura de Ciro Gomes.
“Entre todas as possibilidades, o MDB n�o pode ficar sozinho. E mais do que isso, tem de afirmar em que campo joga”, define o deputado estadual S�vio Souza Cruz. E a� parece estar a maior dificuldade. Se demorar demais, poder� perder o plano de voo.