
Ap�s tomar posse no Minist�rio do Trabalho, o novo titular da �rea, Caio Vieira de Mello, sinalizou que pode fazer uma "limpa" na pasta. "A senhora n�o faria?", reagiu, ao ser perguntado sobre poss�vel realiza��o de mudan�as nos cargos depois das investiga��es que s�o realizadas pela Pol�cia Federal (PF) para averiguar irregularidades na pasta.
"O que for necess�rio ser� feito", declarou o ministro, acrescentando que vai "fazer exame apurado de todas as situa��es", "inclusive das concess�es" de registros sindicais.
Ressalvando sempre que era "mineiro" e que n�o conhecia como o �rg�o est� funcionando, Vieira de Mello comentou: "Mineiro � sempre precavido, e eu, como bom mineiro, vou examinar bem a situa��o e as medidas ser�o tomadas, podem ter certeza, com transpar�ncia. Nada ser� oculto".
Diante da insist�ncia dos rep�rteres sobre se considerava a partidariza��o de um minist�rio um erro, o ministro reagiu: "N�o conhe�o o minist�rio, mas o Minist�rio do Trabalho tem de ser um minist�rio extremamente t�cnico, tem de funcionar".
Sobre a reforma trabalhista, o novo ministro tamb�m foi cauteloso, mas reconheceu que "se houver necessidade, haver� mudan�a tamb�m". Para ele, "altera��o de legisla��o � uma coisa normal, a adapta��o vai se fazendo pela jurisprud�ncia e o tempo vai mostrando a vantagem ou desvantagem".
E, depois de dizer que n�o v� "nada de mais na reforma feita", emendou que, "se houver necessidade, haver� mudan�a tamb�m". Questionado se achava que havia necessidade neste momento de mudan�as na legisla��o, o ministro declarou: "N�o vejo nenhuma necessidade no momento. Eu acho at� muito prec�rio a gente emitir uma opini�o a respeito da nova legisla��o se voc� n�o tem um resultado e uma aplica��o efetiva dela".
O novo ministro do Trabalho comentou que recebeu o convite do presidente Michel Temer para assumir o cargo "com surpresa" e que o fato de faltarem apenas seis meses para o governo acabar n�o � um problema. Para o novo ministro, o "desafio" o moveu a aceitar o convite.
"Todos n�s brasileiros temos de acreditar no Pa�s. Se eu posso dar alguma colabora��o, eu vou dar. Se faltam seis meses, n�o � problema meu, mas eu vou tentar nesse per�odo. � uma miss�o sair de l� com um bom nome como sempre tive".
Vieira de Mello disse que n�o queria julgar ningu�m sobre o que aconteceu na pasta e que desejava ser julgado pelo que fizesse l� nos pr�ximos seis meses.
Depois de reiterar que "sua vida inteira foi limpa", o novo ministro declarou que o presidente Temer, ao convid�-lo pediu que focasse a cria��o de empregos. "O comando que ele deu foi t�cnico. Pediu que desse agilidade ao Minist�rio do Trabalho, e ajudar a resolver os problemas que existem", ressaltou.
O ministro insistiu que sua nomea��o foi "t�cnica" e que tem 50 anos de atua��o na �rea trabalhista. Perguntado se deixaria o cargo de consultor no escrit�rio de advocacia de S�rgio Bermudes, onde tamb�m trabalha a mulher do ministro do Supremo Tribunal Gilmar Mendes, o ministro contou que, antes de aceitar o convite, ligou para o advogado, que estava no hospital, avisou que deixaria a fun��o e este lhe desejou sorte.
Para Vieira de Mello, o novo cargo "� uma miss�o". Ele afirmou que pretende "sair de l� com um bom nome como sempre teve". "N�o sou eu que vou julgar ningu�m. Eu serei juiz de mim mesmo", avisou.