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Estado de Minas

Pr�-candidatos iniciam 'torneio eliminat�rio' para ganhar apoio e isolar os advers�rios

Com alian�as abertas, come�a o mata-mata no campo eleitoral


postado em 15/07/2018 06:00 / atualizado em 15/07/2018 08:20

Alianças de centro-direita, campo de Meirelles, continuam emboladas(foto: MAURO PIMENTEL/AFP)
Alian�as de centro-direita, campo de Meirelles, continuam emboladas (foto: MAURO PIMENTEL/AFP)

Bras�lia –
Longe dos campos de futebol, os pr�-candidatos � Presid�ncia da Rep�blica come�am as eliminat�rias para apresentar as estrat�gias das elei��es 2018. A partida final � apenas em outubro, mas o mata-mata come�a nesta semana. � a partir de 20 de julho que os partidos definem as escala��es e selecionam os jogadores para as urnas. Os campeonatos estaduais, no entanto, podem mudar as t�ticas e interferir nas candidaturas nacionais. Hoje, o fim da Copa do Mundo marca o in�cio de outra disputa no Brasil: a pelo mais alto cargo do Executivo.


A dificuldade, neste momento, � a divis�o de partidos entre os grupos ideol�gicos. A guerra entre PT e PDT em busca da alian�a com o PSB � t�o ou mais explosiva do que as alian�as do campo centro-direita, que abrange Henrique Meirelles (MDB), �lvaro Dias (Podemos) e Geraldo Alckmin (PSDB). Enquanto isso, Marina Silva (Rede) e Jair Bolsonaro (PSL) correm por fora e tentam voos solo.

Ciro Gomes disputa com o PT o apoio do PSB para sua candidatura(foto: MARCELO FERREIRA/CB/D.A.PRESS)
Ciro Gomes disputa com o PT o apoio do PSB para sua candidatura (foto: MARCELO FERREIRA/CB/D.A.PRESS)

Com o cen�rio polarizado, os palanques estaduais ganham protagonismo nas elei��es. O problema � que as alian�as estaduais podem interferir no cen�rio nacional. “A constru��o das alian�as ainda n�o est� muito bem evidente. Alckmin, por exemplo, tenta costurar v�rios partidos. Mas, no Nordeste, o PSDB tem maior dificuldade de formar alian�as do que o PT. Ciro, por sua vez, tenta trazer para ele os partidos de esquerda, mas a depender de quem Lula indicar� (para vice na chapa, que o deve substituir no futuro), o PT volta a ter mais for�a de coliga��es”, comenta o cientista pol�tico Rodrigo Prando.

Embora tenha avan�ado nas alian�as nacionais, Alckmin tem longo caminho at� fechar todos os acordos nacionais de que necessita para disputar o pleito com mais tranquilidade. O PV, por exemplo, prometeu apoio no �mbito presidencial. Nos estados, entretanto, a conversa � outra. Segundo representantes do PV, os palanques em S�o Paulo ser�o divididos com M�rcio Fran�a (PSB), atual governador no estado.

ACORDOS


O problema dessas alian�as � que, segundo Prando, � dif�cil encontrar partidos que tenham similaridade nos campos ideol�gico e pragm�tico para que os acordos sejam feitos. “No quadro eleitoral de 2018, que tem essa caracter�stica de multiplicidade de candidatos � Presid�ncia, � importante lembrar que quem luta pelos presidenci�veis s�o deputados, prefeitos e vereadores, que est�o nos estados. Por isso � t�o importante a coliga��o dessas alian�as”, explicou.

Sem o ministro Joaquim Barbosa para o Planalto, o PSB se tornou a maior inc�gnita das elei��es. Disputada, a sigla tem dificuldades de fechar acordos nacionais por causa dos estados. O principal prejudicado � o pr�-candidato Ciro Gomes, que tenta, a todo custo, conseguir apoio dos partidos centro-esquerda e esquerda. Em Pernambuco, o candidato � reelei��o ao governo Paulo C�mara (PSB) flerta com o PT, mesmo que a rival, Mar�lia Arraes, seja do PT. A presidente da sigla, Gleisi Hoffmann (PR), esteve com C�mara na �ltima quinta-feira. A ideia � que o PT, mesmo sem Lula, continue com for�a no Nordeste para conseguir firmar coliga��es.

Outro impasse que Ciro enfrenta com o PSB � em S�o Paulo. M�rcio Fran�a acena para Alckmin, com quem dividiu o governo do estado. Para o analista pol�tico Creomar Souza, “mesmo que haja uma alian�a nacional do PSB com Ciro, essa alian�a n�o vai se manifestar de uma maneira pr�tica em S�o Paulo. Fran�a deixou claro, mais de uma vez, que Alckmin ter� palanque no estado. Nacionalmente, PSB pode at� estar com Ciro, mas, oficialmente, o candidato do governo ser� o tucano”, avaliou.

CALEND�RIO A partir da pr�xima sexta-feira, o calend�rio eleitoral j� permite a realiza��o das conven��es partid�rias. As reuni�es discutir�o as coliga��es e  escolher�o os candidatos das legendas, entre eles os que v�o disputar a Presid�ncia e a vice-presid�ncia da Rep�blica. Com o per�odo de campanha encurtado pela metade, seria de se esperar que os partidos j� estivessem certos sobre os nomes que disputar�o todos os cargos, mas essa � outra particularidade das elei��es deste ano. At� o momento, ainda n�o h� defini��o sobre coliga��es ou vice-representantes e a maioria das legendas deve se reunir apenas no fim do prazo dado pela Justi�a Eleitoral, 5 de agosto.

"No quadro eleitoral de 2018, que tem essa caracter�stica de multiplicidade de candidatos � Presid�ncia, quem luta pelos presidenci�veis s�o deputados, prefeitos e vereadores. Por isso � t�o importante a coliga��o"
. Rodrigo Prando,
cientista pol�tico

Choque de realidade


Bras�lia – O analista pol�tico Creomar Souza diz que os problemas dos pr�-candidatos � Presid�ncia da Rep�blcia come�am com o “choque de realidade”. Com os custos das campanhas, � prov�vel que os blocos, como Centr�o, se unam a pr�-candidatos com mais tempo de TV, ou com mais dinheiro do fundo partid�rio. “Nesse aspecto, Geraldo Alckmin � melhor do que Jair Bolsonaro, j� que ele tem uma estrutura partid�ria que ir�, de fato, atrair alian�as. O que os candidatos dos estados precisam? Precisam de candidatos fortes ao Planalto que deem visibilidade � corrida eleitoral”, comentou Creomar.

Bolsonaro enfrenta um problema sem o apoio de Magno Malta (PR). Com o recuo da alian�a, a tend�ncia � que o ex-militar possa ficar sem apoio e ir sozinho para a disputa. Al�m disso, um correligion�rio contou � reportagem que Henrique Meirelles cresce nos estados. Isso teria se confirmado com o aumento da ades�o dele dentro da pr�pria sigla. “Paran�, Pernambuco, Alagoas, Cear� e Sergipe ainda n�o est�o fechados. Apenas Pernambuco que � realmente contra Meirelles porque o deputado federal Jarbas Vasconcelos (MDB) quer uma alian�a com o Alckmin”, comentou. (Colaboraram Bernardo Bittar e Gabriela Vinhal)

 

 

 

 


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