S�o Paulo, 16 - A Pol�cia Federal abriu novo inqu�rito para investigar o ex-ministro Jos� Dirceu (Casa Civil/Governo Lula). A PF informou ao juiz S�rgio Moro sobre a abertura do inqu�rito sobre supostas propinas na Espanha em benef�cio de Dirceu citada pelo ex-vice-presidente da Engevix Gerson Almada.
De acordo com o of�cio, por ordem do delegado Christian Robert Wurster, foi instaurado o "inqu�rito n� 0752/2018-4 - SR/PF/PR para apurar poss�vel ocorr�ncia do delito" de lavagem de dinheiro, "al�m de todas as demais circunst�ncias, porquanto G�rson de Mello Almada, teria pago valores decorrentes da Petrobras a Jos� Dirceu, por interm�dio de uma 'conta corrente' mantida com a Engevix e Milton Pascowitch".
Em depoimento prestado em julho de 2017, com sigilo levantado em 1.� de dezembro, Almada disse saber de uma suposta conta em Madri, administrada pelo lobista Milton Pascowitch, abastecida por propinas de contratos da Petrobras.
Os benefici�rios da conta seriam o ex-presidente Lula e o ex-ministro Jos� Dirceu (Casa Civil). O depoimento do empreiteiro foi anexado � den�ncia do Minist�rio P�blico Federal sobre propinas de R$ 2,4 milh�es das empreiteiras Engevix e UTC para Dirceu (Casa Civil - Governo Lula).
No mesmo depoimento, Almada confessou que firmou "contratos dissimulados" com a empresa de comunica��o Entrelinhas com o fim de pagar propinas a Dirceu.
O empreiteiro afirmou que "o objeto dos contratos, anexados aos autos, nunca foi prestado � Engevix e que, mediante o fornecimento das notas fiscais pela Entrelinhas, a empreiteira pagou de 2011 a 2012, o valor de R$ 900 mil".
Em dezembro, a Lava Jato pediu ao juiz federal S�rgio Moro que a Pol�cia Federal investigue as novas revela��es do empreiteiro.
Em fevereiro, o juiz federal S�rgio Moro abriu nova a��o penal contra o ex-ministro por supostas propinas de R$ 2,4 milh�es das empreiteiras Engevix e UTC. Foi nos autos desta a��o que Almada citou a conta na Espanha.
O magistrado, no entanto, ponderou que todos os r�us nesta a��o j� foram condenados na Lava Jato e decidiu suspender a a��o por um ano. "N�o vislumbro com facilidade interesse do Minist�rio P�blico Federal no prosseguimento de mais uma a��o penal contra as mesmas pessoas, a fim de obter mais uma condena��o".
Dirceu foi condenado por Moro em duas a��es penais a penas que somam 32 anos e 1 m�s de pris�o - 20 anos e 10 meses em um processo e 11 anos e 3 meses em outro.
Defesa
A reportagem entrou em contato com a defesa do ex-ministro, mas ainda n�o obteve retorno.
(Luiz Vassallo)
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PF investiga conta na Espanha atribu�da a Dirceu
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