
S�o Paulo - O ex-governador Geraldo Alckmin, pr�-candidato do PSDB � Presid�ncia, vai anunciar hoje oficialmente, em Bras�lia, a entrada dos partidos do Centr�o na sua coliga��o com um discurso formatado para se contrapor �s cr�ticas de advers�rios de que o acordo � fisiol�gico.
Para justificar a ades�o de PR, DEM, PP, SD e PRB � sua chapa, o tucano vai dizer que alian�as n�o servem apenas para o fisiologismo, mas para "tirar o Pa�s do buraco". Ele pretende citar o processo de redemocratiza��o, o Plano Real e a Constituinte como exemplos de momentos hist�ricos que s� foram poss�veis gar�as � forma��o de coaliz�es.
Ap�s selar o acordo com o Centr�o, Alckmin passou a ser alvo de advers�rios. A expectativa no entorno do ex-governador � que esse tema seja recorrente na campanha, mas a avalia��o � que o tempo de TV conquistado compense o desgaste. Os tucanos acreditam ainda que o debate sobre fisiologismo tem alcance limitado e n�o tem potencial para a contaminar a campanha.
Uma das cr�ticas veio de Marina Silva, pr�-candidata da Rede ao Pal�cio do Planalto. "O condom�nio do Alckmin � agora o condom�nio que era da Dilma em 2014", afirmou ela nesta ter�a-feira, 24.
O discurso de hoje tamb�m deve ser marcado por um tom conciliador. O tucano vai pregar que n�o h� mais "vermelho e azul" na pol�tica (numa refer�ncia �s cores usadas por PT e PSDB) e que ningu�m mais quer saber do passado, mas olhar para o futuro. Outro eixo do discurso ser� a economia. O pr�-candidato deve dizer que as pol�ticas sociais ser�o mantidas e ampliadas, e que a pol�tica de gera��o de emprego e renda ser� sua principal pol�tica social.
Manifesto
A campanha de Alckmin chancelou nesta quarta-feira, 25, o texto de um manifesto elaborado pelo economista Roberto Giannetti da Fonseca que servir� como base program�tica da alian�a.
Anunciado como um "compromisso" da coliga��o de partidos da "For�a Centro-Democr�tica", o texto diz que o sistema de metas de infla��o e a autonomia operacional do Banco Central para fixar a taxa de juros e observar as livres oscila��es do c�mbio provaram ser eficientes. O manifesto promete ainda "ampliar e aprimorar" as pol�ticas sociais existentes, inclusive transformando o programa Bolsa Fam�lia em "pol�tica de Estado e n�o de Governo.
"O contraponto do programa Bolsa Fam�lia ser� o programa de gera��o de empregos, que proporcionar� seguran�a e dignidade para os chefes de fam�lia por todo Brasil", diz o texto.
O documento tamb�m promete "combate implac�vel" ao crime organizado e aos crimes de viol�ncia urbana e rural.
Sem mudan�a
Coordenador do programa de governo do pr�-candidato do PSDB � Presid�ncia, Geraldo Alckmin, o cientista pol�tico Luiz Felipe d'Avila disse que o documento j� est� praticamente pronto e que n�o haver� mudan�as nas diretrizes devido ao apoio dos partidos do Centr�o.
"Dificilmente haver� alguma discuss�o questionando as diretrizes. N�o acho que haver� grandes mudan�as nas diretrizes gerais", afirmou. A ideia do PSDB era lan�ar o programa no dia 5 de agosto, data da conven��o tucana. Mas o partido pode rever esse cronograma para submeter antes o texto aos dirigentes das legendas da coliga��o.
"� muito importante a participa��o dos partidos da alian�a na defini��o das metas dessas diretrizes, mas isso ser� o segundo momento, quando a campanha j� tiver come�ado. Ningu�m dos partidos � contra a reforma da previd�ncia. Essa � uma diretriz geral. Mas qual ser� reforma? Vamos ouvir todos", afirmou.
Outro debate entre as siglas do Centr�o e o PSDB que come�a a partir de hoje � sobre o nome do coordenador pol�tico da campanha. Por press�o do DEM, o atual respons�vel pela �rea, o senador Marconi Perillo (GO), deve ser substitu�do.
Um nome lembrado para assumir o posto � o ministro da Comunica��es, Gilberto Kassab, presidente do PSD.
Questionado sobre o perfil ideal do novo coordenador pol�tico, d'Avila n�o quis falar em nomes. "Seria importante que o coordenador da campanha fosse algu�m que n�o vai disputar mandato. Seria algo muito dif�cil conciliar uma elei��o com coordena��o da campanha."