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Estado de Minas

Redes sociais ser�o principal canal de propaganda dos candidatos ao governo de Minas

Com o tempo mais curto e menos dinheiro dispon�vel, candidatos tra�am estrat�gias e apostam nas redes sociais e nas viagens para conquistar o voto do eleitor


postado em 12/08/2018 06:00 / atualizado em 12/08/2018 08:36

(foto: Quinho/Arte EM)
(foto: Quinho/Arte EM)


Uma campanha mais curta, com apenas 45 dias a contar a partir da pr�xima quinta-feira, e um limite de gasto de R$ 14 milh�es v�o impor aos candidatos ao governo de Minas Gerais uma nova forma de buscar o voto do eleitor. Os principais nomes na disputa ao Pal�cio da Liberdade prometem menos campanha de rua e mais presen�a na internet, pelas redes sociais, ou televis�o, com o hor�rio eleitoral e os debates, j� que a legisla��o eleitoral tornou o per�odo para conquistar o eleitor mais curto e barato. Gastos com material gr�fico foram reduzidos e ser� raro ver uma milit�ncia paga nas ruas.

A campanha do senador Antonio Anastasia (PSDB) aposta nos meios de comunica��o para conseguir o maior n�mero de votos poss�vel. “N�o esperem uma campanha ostensiva de rua porque ela n�o cabe no teto, n�o vai ser uma campanha metralhadora, vai ser mais para sniper (atirador de elite)”, comparou o coordenador de Anastasia, o suplente de senador Alexandre da Silveira (PSD).

Segundo Silveira, a campanha n�o contratar� militantes para bandeira�os e n�o ter� muita pe�a de publicidade nas ruas, j� que a legisla��o eleitoral � bastante restrita. “Vai ser uma campanha de exposi��o das qualidades do candidato e ter� que ser feita com muita criatividade. Vamos procurar mostrar a experi�ncia de Anastasia como gestor, capaz de recuperar o estado”, disse o coordenador. Tamb�m n�o vai haver carro de som, j� que as novas regras permitem essa propaganda sonora s� na presen�a do candidato, em eventos como as carreatas.

“Ele (Anastasia) vai andar dentro do poss�vel pela maior quantidade de munic�pios que puder. N�o s� os maiores, mas os menores em que tivermos algo a mostrar ou para fazer algum diagn�stico dos problemas. O senador nunca deixou de andar pelo estado enquanto parlamentar tamb�m”, explicou Silveira. Ele informa que, na pr�-campanha, o tucano visitou ao menos 30 cidades.

Internet e corpo a corpo


Como j� vem demonstrando na pr�-campanha, o governador Fernando Pimentel (PT) vai focar as a��es na internet, usando principalmente as redes sociais, com v�deos e conte�dos informativos. Isso porque o petista tem que, paralelamente, administrar o estado. Ontem, Pimentel visitou a festa de encerramento do Circuito Gastron�mico de Favelas, no bairro Floresta, Regi�o Leste de BH. Embora constasse como agenda de governo, ele estava acompanhado da equipe de v�deo da campanha.

“Vai ter que ser assim, fim de semana, eventualmente, dia de semana � noite ou no hor�rio de almo�o. Essa campanha de 45 dias � muito curta. N�o vai ter nada grandioso, manifesta��o de rua, com�cios. At� porque, com a mudan�a da Lei Eleitoral, mudou a forma de financiamento e os recursos v�o ser mais escassos. Vai ser agenda curta, baseada nesse contato mais direto com as pessoas, como hoje (ontem)”, afirmou Pimentel. Ele pretende ainda estar em todas as macrorregi�es do estado no pouco tempo que tiver para viagens.

Marketing cl�sssico ficou no passado


A televis�o tamb�m ser� usada, mas n�o � a grande arma. Para o coordenador da campanha do petista, Odair Cunha, TV n�o define elei��o. “As pessoas sabem que existem outras formas de ter informa��o sobre os candidatos, acho que TV n�o ser� um elemento definidor, sen�o o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS), n�o teria sido eleito”, disse. De acordo com o coordenador, a �poca do marketing eleitoral cl�ssico, com as novas regras eleitorais, “ficou no passado”. Cunha informou que a campanha n�o vai contratar militantes. “O que for feito em termos de presen�a nos atos e nas ruas ser� de maneira volunt�ria”, disse.

Outra estrat�gia � que lideran�as como prefeitos, deputados e vereadores multipliquem a campanha pelo interior. Ponto fraco do governo e alvo de ataques por parte dos advers�rios, a crise financeira do estado e o parcelamento do sal�rio ser�o abordados por Pimentel ao longo da campanha. “Uma parte dos pr�-candidatos, seja por falta de informa��o ou m�-f�, vai querer vender solu��es m�gicas, que n�o existem para nenhum estado brasileiro. N�o vai ser com medidas publicit�rias que vamos resolver o problema de Minas, vamos explicar isso. N�o temo essa discuss�o”, disse Pimentel.

Caminho nas m�os da justi�a


(foto: Lelis/Arte EM)
(foto: Lelis/Arte EM)
Ainda �s voltas com o imbr�glio envolvendo a legalidade da conven��o que aprovou o nome do ex-prefeito Marcio Lacerda (PSB) para o governo de Minas, duas estrat�gias de campanha est�o em curso na legenda: uma voltada para a candidatura pr�pria a governador e outra em apoio � reelei��o de Pimentel.

A menos que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entenda o contr�rio em julgamento marcado para amanh�, a chapa de Lacerda ter� a participa��o do MDB com a indica��o do presidente da Assembleia Legislativa, Adalclever Lopes, para vice-governador. Ainda fazem parte da coliga��o o PV, PRB e Podemos. A coordena��o aposta no engajamento de todas as legendas, que somam cerca de 3 mil prefeitos e vereadores em Minas e mais de 50 deputados – para driblar a falta de recursos e o per�odo de apenas 45 dias para a campanha.
“Uma das prioridades ser� o envolvimento dessas pessoas na campanha. O Marcio Lacerda tem baixa rejei��o, ent�o � f�cil levar o nome dele pelo estado”, diz a assessoria do candidato. Na tentativa de se tornar mais conhecido, o ex-prefeito de BH come�ou uma s�rie de viagens em junho do ano passado, e desde ent�o percorreu mais de 200 munic�pios em todas as regi�es do estado. J� o MDB quer atrair os cerca de 350 coordenadores regionais, al�m de deputados estaduais e federais.

Do outro lado do PSB, o entendimento � bem diferente. Amparados pela conven��o nacional do partido que anulou a reuni�o estadual que aprovou a candidatura de Lacerda, a ala pr�-alian�a com o PT de Pimentel tamb�m monta suas estrat�gias para participa��o na coliga��o do petista.

‘Excepcional divulga��o’


H� 20 anos fora da pol�tica para se dedicar � consultoria na �rea da educa��o, o ex-secret�rio do governo Eduardo Azeredo (PSDB) Jo�o Batista dos Mares Guia (Rede) conta com os debates na televis�o, propaganda eleitoral e entrevistas � imprensa para se tornar conhecido pelo eleitorado. Ele conta ainda com o fato de j� ter ministrado cursos de sua �rea em mais de 160 munic�pios para cerca de 345 mil professores das redes p�blica e particular de ensino. “Agora, todas essas pessoas que me respeitavam pela minha hist�ria na educa��o v�o saber que eu sou candidato a governador. Essa � uma excepcional divulga��o no meio, v�o se lembrar de mim”, aposta o candidato.

A previs�o de Jo�o Batista � gastar R$ 300 mil – valor que n�o inclui as grava��es e material gr�fico. Ele diz que n�o vai usar milit�ncia paga para distribuir os santinhos e boa parte dos eventos ser� feita por volunt�rios. As viagens tamb�m ser�o regradas, com di�rias de hot�is que n�o ultrapassem a m�dia de R$ 75.

Por enquanto, uma agenda priorit�ria est� pronta: o candidato vai percorrer as principais cidades de cada regi�o ao lado da presidenci�vel do seu partido, Marina Silva. Ela vir� a Minas Gerais em tr�s ocasi�es. O candidato conta ainda com prefeitos que, segundo ele, far�o campanha para a Rede, embora suas legendas estejam em outras coliga��es.

 


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