
O julgamento est� marcado para o dia 4 de setembro, quando a propaganda eleitoral j� estar� sendo veiculada no r�dio e na televis�o. "O Pa�s n�o para por causa de campanha eleitoral. A Justi�a continua normalmente", disse o presidente da Primeira Turma, ministro Alexandre de Moraes, a rep�rteres, ao chegar para a sess�o plen�ria do STF nesta tarde.
A defesa de Bolsonaro quer que o caso seja discutido pelos ministros j� na ter�a-feira da semana que vem, 28 de agosto, quando est� prevista a pr�xima sess�o da Primeira Turma do STF.
Os cinco ministros da Turma v�o decidir sobre se o parlamentar se torna r�u ou n�o pelas acusa��es de ofensas praticadas contra quilombolas, ind�genas, refugiados, mulheres e LGBTs. Al�m de Moraes, integram o colegiado os ministros Marco Aur�lio Mello (relator do inqu�rito), Luiz Fux, Rosa Weber e Lu�s Roberto Barroso.
De acordo com den�ncia apresentada em abril pela procuradora-geral da Rep�blica, Raquel Dodge, em uma palestra no Clube Hebraica do Rio de Janeiro, em 2017, o deputado federal, em pouco mais de uma hora de discurso, "usou express�es de cunho discriminat�rio, incitando o �dio e atingindo diretamente v�rios grupos sociais".
Na den�ncia, Raquel avalia a conduta de Bolsonaro como il�cita, inaceit�vel e severamente reprov�vel. "A conduta do denunciado atingiu bem jur�dico constitucionalmente protegido e que transcende a viola��o dos direitos constitucionais espec�ficos dos grupos diretamente atingidos com suas manifesta��es de incita��o ao �dio e � discrimina��o para revelar viola��o a interesse difuso de toda sociedade, constitucionalmente protegido", escreveu a procuradora.
Procurada pela reportagem, a assessoria de Bolsonaro n�o havia se manifestado at� a publica��o deste texto.