
Renata Vasconcellos indagou Bolsonaro sobre a desigualdade de g�nero na quest�o salarial, ressaltando que, segundo o IBGE, as mulheres ganham 25% menos que os homens e se o candidato faria algo para mudar esse cen�rio caso eleito.
Jair Bolsonaro evocou o discurso de que a Consolida��o das Leis do Trabalho (CLT) determina maior igualdade em cargos p�blicos e que n�o poderia fazer nada quanto � iniciativa privada.
Quando Renata voltou a question�-lo sobre o que um presidente pode fazer quanto ao tema, Bolsonaro iniciou uma compara��o quanto aos sal�rios da apresentadora com William Bonner.
- A quest�o de sal�rio, de compet�ncia, na CLT j� se responde isso.
- N�s sabemos que, na pr�tica, existe desigualdade salarial entre homens e mulheres. Eu gostaria de saber se o senhor, eleito, que pol�ticas fazer para evitar essa desigualdade?
- Porque o Minist�rio P�blico n�o age no tocante a isso. Pode agir. Eu n�o tenho ger�ncia sobre isso. Isso � CLT. � s� denunciar ao Minist�rio do Trabalho.
- O senhor sabe que o Estado tem mecanismos para estimular a iniciativa privada para que n�o cometa esse tipo de desigualdade. O senhor, como presidente da rep�blica n�o far� nada para evitar as desigualdades?
- Faria. Mas o Minist�rio P�blico poderia ser acionado. Estou vendo aqui uma senhora e um senhor e existe uma diferen�a salarial aqui. Parece que � muito maior para ele do que para a senhora. S�o cargos semelhantes.
- Me desculpe, mas eu vou interromper voc�s. Eu poderia at�, como qualquer cidad� brasileira, fazer questionamentos sobre seus proventos, porque o senhor � um funcion�rio p�blico, deputado h� 27 anos, e eu, como contribuinte, ajudo a pagar o seu sal�rio. O meu sal�rio n�o diz respeito a ningu�m. E eu posso garantir ao senhor, como mulher, que eu jamais aceitaria receber um sal�rio menor que o de um homem que exercesse as mesmas fun��es e atribui��es que eu. Mas agora eu vou devolver a palavra ao senhor.
A entrevista tamb�m rendeu contesta��es entre Jair Bolsonaro e William Bonner sobre a Globo apoiar o golpe militar de 1964. Ao ser questionado sobre n�o considerar a ditadura como um momento de restri��o dos direitos, o candidato do PSL indagou os apresentadores do Jornal Nacional, sobre a postura do fundador das Organiza��es Globo, que em editorial chamou o epis�dio da hist�ria como “revolu��o” e indagou: “Roberto Marinho � um ditador ou um democrata?”. Na sequ�ncia foi interrompido e informado do fim do tempo para se pronunciar.
No in�cio da entrevista, Bolsonaro foi questionado sobre suas contesta��es e de como pode ser considerado um candidato com 'novas' propostas ao contr�rio da 'velha' pol�tica, sendo que exerce o cargo de deputado federal h� quase 28 anos (sete mandatos), al�m de ter familiares eleitos com ajuda de seu sobrenome.
Bolsonaro alegou que sua fam�lia n�o est� envolvida em esc�ndalos de corrup��o, que os eleitores n�o foram for�ados a votar em seus parentes e que tem consi�ncia tranquila de sua trajet�ria na C�mara. "Se n�o aprovei muitos projetos, evitei que muitos projetos ruins fossem aprovados."
Quando Bonner perguntou ao candidato do PSL se ele teria um 'plano B' quanto ao Minist�rio da Economia, Bolsonaro lembrou as promessas de casamento e revelou n�o ter pensado em um poss�vel cen�rio de substitui��o do economista Paulo Guedes, economista j� escolhido pelo deputado para a pasta. "Tenho que confiar nele, como ele tem que confiar em mim. Se acontecer, paci�ncia", disse.
Em suas palavras finais, Bolsonaro recorreu ao revezamento “entre os dois partidos”, em refer�ncia a PT e PSDB e disse que est� no momento de os eleitores recorrerem a uma nova alternativa. Ele ainda disse que representa parte do eleitorado formado por fam�lias e comentou sobre a necessidade de dar diretrizes ao que se aprende nas escolas.