
O conjunto de regras que durante as discuss�es sobre sua aplicabilidade acabou recebendo o nome de “kit gay” integra o programa “Brasil Sem Homofobia”, que pretendia combater a homofobia nas escolas e incentivar a discuss�o de quest�es de g�nero e sexualidade. O material, contudo, n�o chegou a ser implementado. Na �poca, em 2011, quando foi produzido pelo Minist�rio da Educa��o setores mais conservadores da sociedade fizeram press�o e o governo acabou recuando.
O livro, como o apresentado por Bolsonaro, era parte do material destinado aos professores e dava instru��es de como abordar o tema para alunos em idade a partir de 11 anos. Para tentar barrar a implanta��o da pol�tica p�blica, alegavam que o conte�do, na verdade, estimulava a homossexualidade e a promiscuidade entre as crian�as.
Logo ap�s a entrevista, exibida em rede nacional na noite de hoje, Bolsonaro postou em seu perfil nas redes sociais recorrendo novamente ao discurso de que o material ensinava sexo. “Um dos livros que ensinam sexo para crian�as nas escolas que a Globo n�o quis mostrar”.
Mais cedo, o kit j� havia sido abordado em fala do candidato � Presid�ncia. Ele defendeu-se das acusa��es de racismo, homofobia, misoginia e xenofobia com cr�ticas ao chamado "kit gay" - material did�tico preparado pelo Minist�rio da Educa��o durante o governo Dilma Rousseff - e dizendo que gosta de mulher.
As afirma��es foram feitas em atividade de campanha no Rio, na manh� desta ter�a-feira, mesmo dia que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgar� se o torna r�u em a��o penal por frases pol�micas que disse. A den�ncia foi apresentada em abril pela procuradora-geral da Rep�blica, Raquel Dodge.
Cercado por simpatizantes que fizeram a maior parte das perguntas em ambiente preparado para receber a imprensa na Central de Abastecimento do Rio de Janeiro, Bolsonaro disse que "a senhora Raquel Dodge, lamentavelmente, fez uma juntada disso (acusa��es por declara��es dele) e mandou para o STF".
O candidato disse tamb�m que inventaram que ele � mis�gino e ironizou que agora "n�o gostava de mulher". "Descobriram que eu sou gay, � aquela palha�ada de sempre", minimizou, sendo recebido por gargalhadas de eleitores.
O presidenci�vel disse que "ningu�m quer chegar e encontrar o filho Jo�ozinho de sete anos de idade brincando de boneca por influ�ncia da escola".
"P(*), nosso filho � homem e ponto final, p (*)!", bradou, batendo na mesa com uma das m�os. "Descobri a p(*) do kit gay, desculpa o linguajar aqui , e resolvi mostrar. Era inclusive para filho de pobre porque era pra escola p�blica depois iria pra privada. No intervalo, vai o Pedrinho namorar o Jo�ozinho, a Mariazinha namorar a Joaninha", disse Bolsonaro.