
A procuradora da Rep�blica Zani Cajueiro, do Minist�rio P�blico Federal em Juiz de Fora (MG), que atua no caso do ataque ao candidato Jair Bolsonaro (PSL), afirmou que Adelio Bispo de Oliveira, preso em flagrante pela agress�o, mostrou "lucidez e coes�o" em seu racioc�nio na audi�ncia de cust�dia realizada no munic�pio mineiro na sexta-feira, 7, um dia ap�s sua pris�o. A avalia��o da procuradora contrasta com a alega��o de insanidade mental que a defesa do pedreiro de 40 anos tem feito.
"No que tange � lucidez, no curso da oitiva na audi�ncia de cust�dia, o racioc�nio do preso era absolutamente coeso, sem lacunas. Externalizou que discordava do candidato Bolsonaro em v�rios pontos. N�o demonstrou a princ�pio nenhum sinal de insanidade mental", afirmou.
Uma dentre os tr�s procuradores que atuam na Procuradoria da Rep�blica no Munic�pio de Juiz de Fora, Zani Cajueiro frisou que o investigado tem segundo grau completo e se mostrou bem articulado ao depor sobre o crime que confessou. Segundo ela, Adelio Bispo de Oliveira disse que n�o gostaria que Bolsonaro fosse presidente da Rep�blica porque acha que ocorreria algum tipo de persegui��o a certos grupos.
Um dos quatro advogados de Adelio, Zanone Manuel de Oliveira, disse que a defesa vai apresentar nesta segunda-feira, 10, um requerimento formal � Justi�a para a realiza��o de exame psiqui�trico. A alega��o de insanidade mental j� foi feita na audi�ncia de cust�dia.
"Ele (Adelio) disse que foi uso de medica��o controlada, j� se consultou com psiquiatras, neurologistas, todos esses fatos levantaram suspeitas quanto ao Estado de sa�de mental dele no momento da a��o", disse o advogado � Coluna do Estad�o. Ele disse que utilizar� declara��es do cliente de que "recebeu uma ordem de Deus para tirar a vida de Bolsonaro" - afirma��o feita em depoimento.
Tamb�m em depoimento, Adelio se identificou como de "esquerda" e afirmou que Bolsonaro "defende ideologia diametralmente oposta, ou seja, de extrema direita" e que o candidato "defende o exterm�nio de homossexuais, negros, pobres e �ndios, situa��o que discorda radicalmente".
O fato de Adelio ter � disposi��o quatro advogados tamb�m � algo que chamou a aten��o dos �rg�os de investiga��o, assim como a posse de quatro celulares e de notebook de �ltima gera��o. Segundo a procuradora, a investiga��o est� focando na an�lise de todos os poss�veis contatos de Adelio que possibilitaram ele chegar a Juiz de Fora, permanecer na cidade e tamb�m ser defendido por escrit�rio particular. Adelio disse que n�o foi contratado por ningu�m nem recebeu qualquer tipo de aux�lio para atacar Bolsonaro.