
No �ltimo dia 6, Ad�lio foi preso e um inqu�rito aberto pela Pol�cia Federal segundo a Lei de Seguran�a Nacional. O entendimento do delegado que preside o caso � de que a facada desferida contra o l�der da campanha presidencial 2018, Jair Bolsonaro (PSL), representa um atentado "contra o regime democr�tico e a representatividade". O suspeito foi enviado ao Pres�dio Federal de Mato Grosso do Sul.
Por�m, a Pol�cia Civil de Juiz de Fora abriu tamb�m um inqu�rito para apurar a tentativa de homic�dio contra Jair Bolsonaro. "Essa representa��o chegou at� mim anteontem (12) e hoje (14) requeri ao juiz do TJMG que requisite � Pol�cia Federal c�pias do inqu�rito, das dilig�ncias e laudos. S� assim poderemos averiguar se � uma compet�ncia da Justi�a federal ou estadual", afirma o promotor Oscar de Abreu.

Por outro lado, o promotor de Juiz de Fora argumenta que na pr�pria audi�ncia de cust�dia de Ad�lio Bispo, a ju�za que o ouviu deixou em d�vida essa compet�ncia. "A magistrada relatou que o enquadramento na Lei de Seguran�a Nacional era segundo o entendimento do delegado", afirma.
Para Oscar de Abreu, a tentativa de homic�dio � clara. "N�o foi um atentad contra o regime democr�tico em que vivemos. N�o foi por isso que o Ad�lio esfaqueou o Bolsonaro. Tamb�m n�o era contra a representatividade do estado. Ele divergia ideol�gicamente e at� religiosamente do candidato e tentou mat�-lo por isso", justifica.
O promotor compara o crime como os que ocorrem com advers�rios pol�ticos em outros pleitos. "� como se um candidato a prefeito fosse atacado por um rival, ou um vereador por algu�m que discorda dele. A discord�ncia � pessoal", avalia.
Para o promotor de Juiz de Fora, a aceita��o de que se trata de tentativa de homic�dio exclui a tese de Lei de Seguran�a Nacional. "Se uma for aceita a outra se extingue. Mas nem por isso o Ad�lio precisa sair do pres�dio federal. Ele est� l� mais por uma quest�o de seguran�a do pr�prio Ad�lio. Caso seja necess�rio, a pol�cia pode requisitar uma dilig�ncia at� l�", disse.
Segundo o promotor estadual Oscar de Abreu, a Pol�cia Civil j� colheu depoimentos da dona do estabelecimento onde Ad�lio ficou hospedado, com os guardas penitenci�rios que o atenderam e tamb�m com os presos com quem conversou. "precisamos do material j� colhido, com as per�cias j� feitas para que a Pol�cia Civil n�o fa�a o mesmo trabalho j� iniciado pela Pol�cia Federal", disse Abreu.