Melhor deixar para l�. Afinal, ainda tem gente que desconfia do voto em urna eletr�nica. O Brasil foi pioneiro e copiado algum tempo depois por v�rios dos pa�ses mais civilizados do mundo, embora alguns deles ainda prefiram o papel at� hoje.
Basta mais uma vez o registro da ministra-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deixar claro em duas frases: “As urnas s�o absolutamente confi�veis” e quem a condena “est� desconectado da realidade”.
S� que tem ainda o Saci Perer� bem conectado no meio do caminho de acordo com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli. Depois de citar o personagem, ele indagou aos jornalistas que o entrevistavam: “Quem aqui acredita que a elei��o, que a urna eletr�nica, pode ser fraudada levante a m�o”. �bvio que resposta n�o teve.
S�o por essas e outras que os brasileiros desacreditam tanto da pol�tica. Ao contr�rio dos pa�ses mais civilizados do mundo, o voto n�o � obrigat�rio. � isso mesmo, se voc� checar como ele � entre os 10 pa�ses mais ricos do planeta, saber� que em todos – eu disse todos, mas � quase todos – j� que no Brasil, ir �s urnas nunca deixou de ser obrigat�rio. Na tradu��o simult�nea, s� n�s estamos com raz�o.
O jeito, ent�o, � tratar do cen�rio atual. N�o � tanto assim, mas os amantes da pol�tica v�o adorar o fato que envolve o ex-presidente do Senado Renan Calheiros (MDB-AL). Depois que deixou o cargo, o processo (um deles) contra ele caiu para a segunda turma do Supremo. E o relator Edson Fachin foi logo dizendo: “os depoimentos prestados na instru��o da a��o penal mostram-se contradit�rios em pontos cruciais...”
Sendo assim, Renan Calheiros amou o resultado, j� que foi absolvido no caso que envolvia M�nica Veloso. Lembra? Faz tempo mesmo. Amante por amante, o voto de Gilmar Mendes esclarece: “Temos que ter muito cuidado. Imaginemos que o tribunal tivesse afastado o presidente do Senado e agora vi�ssemos a dizer que foi um pequeno equ�voco nosso. Um pequeno descuido, que a gente estava desprevenido”. E conclui: “� preciso redobrar a cautela”. Tem muita gente que vai amar o voto de Gilmar.
Pol�cia de olho
“N�o podemos permitir a forma��o de uma bancada do crime. E, se por acaso eles vierem a se eleger, vamos ca��-los e puni-los”. A frase � do ministro Raul Jungmann, que esteve com a presidente Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Rosa Weber, acompanhado do diretor-geral da Pol�cia Federal (PF), Rogerio Galloro. No meio do caminho, est� um levantamento detalhado nas candidaturas que possam ser financiadas pelo crime organizado. Jungmann � o primeiro ministro de Seguran�a P�blica, posto criado pelo presidente Michel Temer.
Ora, quem diria?
Hoje tem sess�o no plen�rio da Assembleia Legislativa (ALMG). Est� marcada para as 16h uma reuni�o especial “destinada a homenagear a Empresa de Assist�ncia T�cnica e Extens�o Rural do Estado de Minas Gerais – Emater” pelo anivers�rio de 70 anos de sua funda��o. E tem tamb�m uma cole��o de agendas em comiss�es, incluindo mais uma homenagem, s� que, desta vez, � para marcar a trajet�ria dos 15 anos do Parlamento Jovem, que, para ser justo, � uma iniciativa bem interessante da Assembleia.
J� que n�o...
...ofende, vamos l�: Estaria a pol�cia sendo sobrecarregada com o grande n�mero desses crimes, n�o sendo capaz de investigar ou at� mesmo fazer inqu�ritos com compet�ncia? Existem crimes perfeitos nos quais a pol�cia � incapaz de chegar aos autores? No caso de crimes que chegam ao Judici�rio, a quem favorecem tantos recursos permitidos pela Justi�a? Quem pergunta � F�bio Moreira da Silva, que, com toda raz�o, acrescenta: “N�o estou dizendo que o caso Marielle ser� jamais conclu�do. A verdade � que o crime aconteceu e foi cometido por algu�m. A demora para desvendar o caso traz sentimento de impunidade”.
Longa estrada
“Desculpe, mas essa � uma estrat�gia pouco inteligente. Quem defende o voto �til assina um atestado de burrice”. A frase � do candidato � Presid�ncia da Rep�blica �lvaro Dias (Pode), durante o lan�amento do livro escrito por Paulo Rabello de Castro (PSC). Vale lembrar que ele desistiu de sua pr�pria candidatura a presidente e passou a integrar a chapa com o ex-vereador, ex-deputado estadual, ex-deputado federal, governador do Paran� e hoje senador. �, �lvaro Dias tem uma longa estrada na vida pol�tica.
Uai, eu hein?
O ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles n�o sabe fazer conta, n�o entende de c�lculo matem�tico? Claro que entende, mas n�o � o que parece como pol�tico. “O Alckmin apareceu num primeiro momento como op��o, mas n�o conseguiu decolar, subir nas pesquisas, apesar do enorme tempo de televis�o e de ser candidato a presidente”. J� que a declara��o foi dada em Belo Horizonte, melhor dar um desconto e registrar que ele fala em terceira pessoa: “O candidato que tem condi��es de subir nas pesquisas e ganhar a elei��o � o Henrique Meirelles”.
PINGAFOGO
De metralhadora girat�ria quem entende mesmo n�o s�o os candidatos brasileiros, mesmo quando atacam os advers�rios. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deixa todos eles no chinelo.
Bastam duas frases: “A China tem tomado US$ 500 bilh�es do nosso pa�s e precisamos fazer mais”, contra os chineses, claro. E sobrou ainda para “um homem muito duro e desagrad�vel”, o presidente da Comiss�o Europeia, Jean-Claude Juncker.
Ora, quem diria? O ex-presidente Lula decidiu mandar recado, s� que n�o foi para o presidenci�vel Fernando Haddad. Foi para dizer que n�o quer saber de indulto”. O portador da mensagem foi o deputado Wadih Damous (PT-RJ).
Registro mais que necess�rio. O senador Renan Calheiros foi absolvido de goleada pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). O placar foi 4 a 0, j� que a ministra C�rmen L�cia estava viajando.
Depois reclamam quando a segunda turma do Supremo � tratada como a que solta, ao contr�rio da primeira, que � muito mais rigorosa. Sendo assim, o jeito � ficar por aqui e deixar Renan pra l�.